Li, nas resenhas da mídia, que o filme é a última parte (assim
espero!) de uma trilogia do diretor constituída pelos títulos 'Antes do
amanhecer', de 1995, e 'Antes do Pôr do Sol', de 2004. Não assisti a nenhum dos
dois, mas sei que todos retratam as agruras do casal Jesse (Ethan Hawke) e
Celine (Julie Delpy). Parece que, no primeiro filme, o casal se apaixonou em
Viena e, no segundo, se encontrou brevemente em Paris. Nesta terceira parte,
eles estão casados, têm cerca de 40 anos, são pais de lindas menininhas gêmeas
e residem na França, onde levam uma vida confortável. Jesse é um escritor de
sucesso e Celine tem um emprego estável em uma empresa francófona. A família
está de férias na Grécia e tudo parece bem.
As menininhas gêmeas que interpretam as filhas do casal são adoráveis. |
Na primeira cena do filme, Jesse está no aeroporto de uma cidade
grega acompanhando o embarque do filho adolescente, fruto de seu primeiro
casamento, que vai retornar a Chicago, onde vive com a mãe. O menino também havia
passado as férias na Grécia com o pai, a esposa dele e as meias-irmãzinhas.
O casal Celine (Julie Delpy) e Jesse (Ethan Hawke). |
A situação começa a azedar quando Jesse expressa seu
descontentamento por morar longe do filho, comentando estar ausente em uma fase
que o garoto mais precisaria de seus cuidados de pai. Celine entende o
comentário do marido como uma pressão para que se mude com ele para os Estados
Unidos, a fim de ficar mais perto do filho, e abra mão de seus planos
profissionais.
Quando parecia que o enredo ia ficar interessante, começaram as
cenas intermináveis, como aquela em que o casal está almoçando em uma bela
varanda na propriedade dos anfitriões gregos, ao lado de outros amigos, e
presenciamos um diálogo sem fim. Chega um momento em que sentimos uma espécie
de "claustrofobia visual" e ansiamos desesperadamente por cenas com as belas
paisagens da Grécia, esperando por uma reviravolta "daquelas" no roteiro. Em
vão. A coisa empaca, não vai para a frente.
Até que, nesse mesmo almoço, depois de muito blá-blá-blá, o
casal ganha de presente uma noite em um hotel da região, com direito a vinho, massagem
e tudo. Os anfitriões quiseram ser gentis e proporcionar uma noite romântica aos
hóspedes, mas aquilo que era para ser como um revival da lua-de-mel transformou-se num inesperado azedume
conjugal. A mulher, aliás uma tremenda chata cujo maior prazer consistia em
espezinhar e criar picuinhas com o marido, envolveu o coitado num acalorado
bate-boca que, num crescendo cada vez maior, virou uma briga feia. O homem,
aliás, merecia ir direto da Grécia para o céu pela paciência com aquela criatura
irritante de natureza beligerante. Foi assim que a suíte do hotel virou um
campo de batalha, a mulher disse ao homem que não mais o amava, saiu batendo
porta e foi sentar-se sozinha no terraço. O santo marido foi atrás e, com todo
o jeitinho, fez com que fizessem as pazes. Bem... eu, no lugar dele, teria é
dado graças a Deus por me ver livre de mulher tão chata! Conclusão: ao final do
filme, não sabia se estava com mais raiva do roteirista ou da mulher.
Enfim... para quem quiser arriscar, 'ANTES DA MEIA-NOITE' está em cartaz atualmente no Cine Livraria Cultura, com várias sessões, e no Reserva Cultural, apenas às 21h30.
Enfim... para quem quiser arriscar, 'ANTES DA MEIA-NOITE' está em cartaz atualmente no Cine Livraria Cultura, com várias sessões, e no Reserva Cultural, apenas às 21h30.
Concooooordo!!!!! Assisti a esta chatura interminável ontem e agradeci qdo acaboooou!!
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