domingo, 25 de novembro de 2012

Bar Genuíno. Oferta etílica respeitável e fartura de petiscos na Vila Mariana.

Faz tempo que a rua Joaquim Távora, na Vila Mariana, começou a 'pegar fogo' com a abertura de bares e restaurantes que, pouco a pouco, foram se proliferando por ali. Se não me engano, tudo começou com o Barxaréu, na esquina com a Rua Rio Grande. Depois chegou o Bar da Vila e, na sequência, acho que foi a vez do Genuíno, inaugurado no ano 2000. E é dele que vou falar aqui.

A fachada com terraço já é bem convidativa - Foto: Simone Catto

Pode-se dizer que o Genuíno já se tornou um clássico no bairro. Simpático, espaçoso e com vários ambientes, entre os quais se destacam o terraço da frente e a arejada área externa dos fundos, o bar abriga sobretudo moradores da região, universitários e professores da ESPM e da faculdade de Belas Artes, que ficam ali ao lado.

O quintal dos fundos tem ambientes arejados, em desníveis, e uma boa área com teto retrátil. Perfeito para o verão!
Foto: Simone Catto 

E se a ideia for reunir os amigos com mais privacidade, essa salinha interna pode ser uma boa pedida - Foto: Simone Catto
  
Ali nós temos a certeza de encontrar uma variedade de bebidas e comidinhas para ninguém botar defeito. Chope, cervejas diversas, caipirinhas, drinks caprichados e dezenas de cachaças artesanais (entre elas a festejada – e cara! - Anísio Santiago/Havana) fazem parte da respeitável oferta etílica da casa.

Como a noite estava superagradável em minha última visita, sentei-me no terraço e, para não perder o costume, iniciei com uma Caipirinha de Limão feita de cachaça Salinas.

Foto: Simone Catto

O Suco de Tomate, outro pedido da mesa, veio com um toque 'van goghiano', veja só!

Foto: Simone Catto

Além dos tradicionais petiscos de bar, como Pastéis, Provolone à Milanesa e outros, o Genuíno também tem sanduíches, alguns pratos e quitutes como Escondidinho, Bolinho de Abóbora com Carne Seca e Combinado de Salsichas (Frankfurter, Pinguim e Branca com cebola). O fato é que o cardápio é tão variado que fica até difícil escolher! Naturalmente, não poderia faltar a tradicional picanha no réchaud, que já provei em outras visitas e é muito boa. A picanha serve duas pessoas e acompanha farofa, polenta palito, cebola, vinagrete e alho frito.

Desta vez, porém, começamos com uma prosaica Porção de Pastéis. Vieram nove unidades de pastéis variados com bem servidos recheios de carne, queijo e palmito.

Foto: Simone Catto

Depois da caipirinha, pedi uma Margarita. E para acompanhar, optamos por uma porção de Croquetes de Carne (10 unidades). Crocantes e com 'sustância', eles 'rebateram' com louvor as nossas bebidas e rechearam nossos estômagos de forma saborosa e nutritiva.

A Margarita, que estava ótima - Foto: Simone Catto

Os Croquetes de Carne sustentam! - Foto: Simone Catto

Você mora na região da Vila Mariana e ainda não conhece o Genuíno? Aproveite que o verão está aí e apareça por lá! Fica na R. Joaquim Távora, 1217. Tel.: 11 5083-4040 - www.genuinochopp.com.brAbre de segunda a sexta-feira das 17h à 01h, e sábados e domingos das 12h à 01h.

domingo, 18 de novembro de 2012

'A Arte de Amar'. Um filme sobre as voltas que o 'je t'aime' dá.

Sabe aqueles filmes que fazem você sair do cinema mais leve? A Arte de Amar é um deles. Trata-se de uma comédia romântica bem ao estilo francês, isto é, sutil, com humor de bom gosto, que narra cinco historinhas de amor e sexo vividas por pessoas que se cruzam em Paris. Numa delas temos Achille, um simpaticão de meia-idade interpretado por François Cluzet (o protagonista do ótimo 'Os Intocáveis'), que flerta com a nova vizinha de apartamento (Frédérique Bel), uma mulher tão sensual quanto complicada que, na hora 'H', enche a cabeça de caraminholas e dá mil voltas para consumar algo com o pobre homem, que dá um banho nos monges budistas no quesito 'paciência'.

Frédérique Bel e François Cluzet

Em outro episódio, a cinquentona Emmanuelle (Ariane Ascaride) ama o marido, porém decide deixá-lo porque sente atração por inúmeros outros homens e não quer traí-lo. Quando o apaixonado - e torturado - marido lhe dá carta branca para que ela dê vazão a suas fantasias, o desejo da mulher pelos outros homens simplesmente desaparece e o casal vive feliz para sempre. Parece um ditado que já ouvi várias vezes e que diz que devemos deixar livre a quem amamos. Se o ser amado permanecer ao nosso lado, é porque também nos ama. E se ele se for, é porque já não nos amava antes. Simples assim!

Outra história mostra Vanessa (Élodie Navarre), uma jovem que vive com o belo e doce William (Gaspard Ulliel), seu namorado desde a infância, mas admite para ele que deseja dormir com o colega de trabalho Louis, interpretado pelo próprio diretor e roteirista do filme, Emmanuel Mouret. Quando William mente afirmando que também dormiria com uma estagiária no mesmo dia e horário em que ela supostamente teria um encontro com o colega, nenhum dos dois faz nada. Ficam ambos sozinhos e amargurados, cada um em um canto do mesmo bar, porém sem se cruzarem, um ruminando a consentida 'traição' do outro. Em minha opinião, a mulher merecia um duplo 'atestado de burrice'. Primeiro, por cogitar dormir com outro tendo um companheiro tão fiel e atraente a seu lado. E segundo, por dizer isso a ele. Enfim... minha experiência diz que, quando os franceses resolvem complicar o que quer que seja, são absolutamente imbatíveis.

William (Gaspard Ulliel) e Vanessa (Élodie Navarre): dá raiva dela!

Temos também Zoé (Pascale Arbillot), que resolve dar uma força à amiga Isabelle (Julie Depardieu, filha do astro Gérard), que passa por um período de entressafra sexual. Num ato de extrema 'caridade', Zoé lhe propõe 'emprestar' o próprio marido (!!) para que este dê uma amenizada na situação da moça. Haja desprendimento. Depois, é Isabelle que acaba ajudando outra amiga, Amélie (Judith Godrèche), a testar a fidelidade de um admirador, Boris (Laurent Stocker), e acaba envolvida num divertido imbroglio. Ninguém precisa ter mais do que meia dúzia de neurônios para prever que Isabelle acaba caindo nas graças de Boris e é ela quem se dá bem nessa história.

Julie Depardieu e Judith Godrèche

Julie Depardieu e Laurent Stocker

Se você aprecia a estética francesa e quiser assistir a algo leve para se divertir sem grandes pretensões, certamente não vai se decepcionar com esse filme. Atualmente, A Arte de Amar está em cartaz em apenas dois cinemas, ambos do circuito ‘Itaú’ e ambos localizados em shoppings: Frei Caneca e Bourbon. Assista e comente, aqui, o que achou!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

'Tim Maia - Vale Tudo'. O tributo a um talento que poderia ter valido muito mais.

Outro dia fui assistir ao musical 'Tim Maia – Vale Tudo' e juro que me surpreendi. Já havia ouvido falar que era bom, mas não imaginei que fosse tanto. A temporada atual, no Teatro Sergio Cardoso, é protagonizada por Danilo de Moura, em substituição a Tiago Abravanel, que está participando das gravações da novela das nove da Rede Globo. Não assisti a nenhum espetáculo com Tiago, mas, se me dissessem que Danilo de Moura tivesse protagonizado o musical desde a estreia, teria acreditado sem pestanejar porque o moço é mesmo muito bom. Além de ter um vozeirão possante e uma tessitura invejável, é um excelente ator que incorporou a postura e os trejeitos do saudoso e tresloucado Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia (1942-1998), que nos deixou muito antes do que deveria por, justamente, levar sua vida como um insensato ''vale tudo''.

Danilo de Moura e seu excelente 'Tim Maia'.

Pois essa vida de ''vale tudo'' é contada por meio de blocos temáticos que retratam os altos e baixos de Tim Maia desde sua infância na Tijuca, na zona norte do Rio, e sua atuação nas primeiras bandas. Ainda muito jovem, Tim conheceu gente do calibre de Roberto Carlos, Erasmo e Jorge Benjor. Não tinha nem vinte anos quando viajou para os Estados Unidos em busca de fama e voltou seis meses depois, deportado após uma prisão por roubo de carro e porte de drogas. Seguiu-se, então, um período de grande sucesso – sim, Tim voltou influenciado pela black music da lendária gravadora Motown e começou a plantar, por aqui, as sementes da soul music brasileira. Para nossa alegria, é esse som negro que predomina no musical. 

Reiner Tenente diverte a plateia com sua
caracterização de Roberto Carlos. 
Acompanhado por excelentes músicos que simulam a formação da Banda Vitória Régia, que acompanhou o cantor por 22 anos desde 1976, o protagonista Danilo de Moura interpreta 25 canções imortalizadas na voz de Tim, como Primavera, Sossego, Não quero dinheiro, Me Dê Motivo e, naturalmente, Vale Tudo. Entre os outros personagens do musical, vale a pena prestar atenção no ator que interpreta Roberto Carlos, Reiner Tenente, que faz uma genial e hilária paródia do ''rei''.

Entre um sucesso e outro, o espetáculo mostra as inúmeras tempestades na trajetória do cantor, como a turbulenta relação ''ioiô'' com a mulata Janete, seu primeiro grande amor. Uma relação cheia de idas e vindas, beijos e sopapos, já regada pelo abuso de álcool e drogas que tanto prejuízo causariam à saúde, à carreira, às finanças e aos afetos de Tim, tornando-o um homem, antes de tudo, extremamente solitário. Bem... suspeito que, quando alguém acha que na vida ''vale tudo'', também deve achar que sua vida não vale nada. O que é uma pena, sobretudo quando isso acontece com talentos como o de Tim Maia e tantos outros, como Cássia Eller, Elis, Amy Winehouse e outras estrelas que partiram cedo para brilhar em outro lugar.

Danilo de Moura e o ótimo elenco do musical.

A direção do espetáculo é de João Fonseca e o texto de Nelson Motta. Amigo de Tim Maia desde a juventude e produtor musical de alguns de seus shows, este último testemunhou vários de seus desvarios e chegou a passar grandes apuros com o recorrente hábito de Tim de deixar a plateia esperando por horas a fio ou simplesmente não aparecer.

Mas agora, quem deve aparecer nesse espetáculo é você! Danilo de Moura faz um Tim Maia impecável e despudoradamente carismático com seu vozeirão, suas molecagens e aquele seu jeitão debochado. A direção musical e os arranjos de Alexandre Elias também são de primeiríssima, transmitindo toda a vibração do melhor som de Tim e sua banda, colocando a plateia - literalmente - para dançar em mais de um momento do espetáculo. E como se não bastasse, tudo isso está com preços populares – somente R$ 40,00 a inteira. Mas corra, porque o musical estará em cartaz só até domingo!

TIM MAIA – VALE TUDO
Teatro Sérgio Cardoso – R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - São Paulo. Tel.: 3288-0136 -www.timmaiaomusical.com.br. Quinta e sábado, 21h; sexta, 21h30; domingo, 18h.
Bilheteria: 15h/19h (quarta); a partir das 15h (quinta a domingo). Ingresso: R$ 40,00. Até 18/11.

domingo, 11 de novembro de 2012

Restaurante Lilló. Alta gastronomia com charme e frescor.

O bairro da Vila Clementino precisaria ter mais restaurantes como o Lilló. Público, certamente, haveria. Basta dizer que, na última vez em que lá estive, não era sexta nem sábado: era uma terça-feira, e o lugar estava lotado. É fácil descobrir por quê. Há mais de uma década a casa está instalada no local oferecendo uma excelente cozinha em um ambiente extremamente agradável e bem frequentado. Casais, grupos de amigos e famílias, boa parte moradores do bairro, se misturam democraticamente a executivos e profissionais liberais que trabalham na região.

Foto: www.restaurantelillo.com.br

O salão principal, amplo, tem um pé direito altíssimo e é repleto de plantas, o que confere ao ambiente uma atmosfera de agradável frescor. Essa sensação é reforçada pela presença de uma mangueira e um cambuci, árvores que já estavam no imóvel construído na década de 60 e que pertencia à família de um dos sócios. É o tipo de local onde, apesar da amplidão, você pode ter um agradável jantar romântico ou bater um papo gostoso com amigos ou pessoas queridas sem ser incomodada(o) por excesso de decibéis. 

A entrada também é agradável... - Foto: Simone Catto

O bar da casa - Foto: www.restaurantelillo.com.br

Vista parcial do bar e do salão - Foto: Simone Catto

Meu jantar foi realmente delicioso. Depois de uma taça de vinho para abrir o apetite, optei por um Ravioli Negro Recheado com Camarão ao Molho Cremoso de Alho-Poró (R$ 41,90). Massa leve, recheio saboroso, enfim... para se comer de joelhos!

O Ravioli Negro Recheado com Camarão ao Molho Cremoso de Alho-Poró: delícia! - Foto: Simone Catto

Outro pedido da mesa foi o Raviolone de Manjericão Recheado de Alcachofra ao Molho de Ervas Finas com Tomate Concassé (41,90). Não experimentei, mas garanto que, quem comeu, gostou! (rs) 

Raviolone de Manjericão Recheado de Alcachofra ao Molho de Ervas Finas com Tomate Concassé. 
Foto: Simone Catto

Uma amiga pediu o Linguado grelhado ao Molho de Alho-Poró e Risoto de Limão (52,) e também ficou plenamente satisfeita.

Linguado que, segundo ouvi, era tão bonito quanto gostoso! - Foto: Simone Catto

Embora minha massa fosse à base de molho branco, o tempo fresco e chuvoso pedia um vinho tinto. Assim, optamos pela meia garrafa do Alamos Malbec 2011, um vinho que aprecio bastante e que caiu superbem. A amiga que comeu peixe preferiu uma taça de vinho branco.

Foto: Simone Catto

E para finalizar uma refeição tãaao boa... não iríamos dispensar o cafezinho, tirado no capricho.

Foto: Simone Catto

Um músico costuma animar as noites por ali, mas, para ser franca, não vejo necessidade de música em um local que já se basta por si. De qualquer modo, o Lilló é um restaurante onde você pode ir sem erro. A cozinha e o ambiente são ótimos e o atendimento é OK. Anote o endereço: Rua Borges Lagoa, 1321 – V. Clementino – tels.: 5572-3177 / 3628-0252www.restaurantelillo.com.br

domingo, 4 de novembro de 2012

O que vi na PARTE, a feira de arte contemporânea que aproxima o público dos novos artistas.

Há muita gente, por aí, que aprecia arte e eventualmente até gostaria de adquirir alguma obra, mas se sente intimidada em entrar numa galeria para solicitar informações por ter a ideia pré-concebida de que uma obra de arte é sempre cara e inacessível. Só que há um detalhe importante do qual, creio, pouca gente se dá conta: "valor" e "preço" são coisas beeem diferentes. Isso mesmo. Nem tudo que vale custa muito, da mesma forma que nem tudo que custa muito vale tanto assim. Vou explicar. Da mesma forma como você pode se deparar com uma obra de arte que não te transmita absolutamente nada, mesmo que o preço da etiqueta corresponda a cinco anos de seu salário, pode ocorrer de você A-D-O-R-A-R uma obra pensando que ela é caríssima e descobrir que ela cabe no seu bolso. Sentiu a diferença entre valor e preço? Pois é. 

Uma boa demonstração do que estou dizendo estava na segunda edição da PARTE, feira de arte contemporânea realizada na segunda quinzena de outubro no subsolo do Paço das Artes, na USP. A ideia dessa feira, que reuniu obras de 42 galerias brasileiras, era oferecer arte de qualidade de artistas ainda em ascensão, por preços que fossem acessíveis. Para mim, foi uma ótima vitrine para saber o que a moçada anda fazendo por aí. Ao conferir as etiquetas, constatei que os preços (ou, se preferir, "investimento") realmente não eram de assustar. Vi obras por menos de mil reais e soube que o custo máximo de uma obra exposta ali não ultrapassava os R$ 18 mil. Os visitantes chegavam, olhavam e, se gostassem de alguma coisa, compravam no ato e já poderiam levar a obra para casa.

Foto: Simone Catto

De cara, logo ao entrar, vi uma parede cheia de telas e obras coloridas. Fui andando e eis que alguém me chama. Quando me virei para olhar, topei com o Allan Szacher, que cursou Comunicação comigo na FAAP há mais de uma década. Papo vai, papo vem, e Allan me contou que é o criador e editor da revista Zupi, publicação dedicada ao design gráfico, além de possuir uma sociedade na QAZgaleria de arte que prioriza a linguagem do grafite, da street art e da ilustração. Assim Allan foi me mostrando as obras e contando um pouco sobre os artistas. Alguns trabalhos eram bem divertidos, outros não me atraíram tanto, mas muitos se destacavam pelo vivo colorido, pela linguagem bem-humorada e pela harmonia da composição, mostrando que tem gente talentosa por aí. Por falar nisso, a bela composição abaixo, de Rodrigo Machado, foi a primeira a atrair meu olhar.

Obra de Rodrigo Machado - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto

Outro trabalho que teve um resultado esteticamente interessante é a pintura abaixo, sobre skate, de autoria de Gen Duarte.

Obra de Gen Duarte - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto

Notei que boa parte da galera da QAZ se inspira na linguagem das HQs e muitas obras mostram "criaturas" meio monstros, meio gente, que também lembram muito personagens de desenhos animados.

Obra de Cadu Mendonça - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto 

Obra de Insane - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto

Obra de Cena 7 - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto

Outros artistas representados pela QAZ partem claramente para a paródia – é o caso de Ozi que, de certa forma, mesclou a fantasia infantil com a fantasia sexual. Pois se alguém aí nunca imaginou transar com a Fada Sininho, já pode começar a pensar no assunto! (rs)

Obra de Ozi - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto
Ops... saiu com reflexo! (rs)

E o que dizer da Branca de Neve que, cansada de maçãs envenenadas, resolveu provar outra fruta???

Obra de Ozi - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto

E já que estamos falando de nossos instintos mais primitivos e ancestrais, as imagens de pinturas rupestres pré-históricas vieram imediatamente à minha cabeça quando topei com as obras de Jaime Prades.

Obras de Jaime Prades - Galeria: QAZ - Foto: Simone Catto

Continuando minha caminhada pela exposição, fui parar no stand da Galeria Papel Assinadoque chamou minha atenção pelas obras de Eduardo Sued – clássicas, elegantes, de extremo bom gosto.

Obras de Eduardo Sued (exceto a de baixo à esquerda, que é de
Leon Ferrari) - Galeria: Papel Assinado - Foto: Simone Catto

À esquerda, vista do stand da Galeria Papel Assinado - Foto: Simone Catto

Mais adiante, gostei muito do vigor e da alegria das obras de Renato Sant'Anna, representado pela galeria carioca Tramas.

Obra de Renato Sant'Anna - Galeria: Tramas - Foto: Simone Catto

Vista do stand da galeria Tramas - Foto: Simone Catto

Havia muitas obras expostas nesta PARTE e devo dizer que a grande maioria não despertou meu interesse. É provável, contudo, que muitos dos trabalhos que me foram indiferentes tenham atraído o olhar de outras pessoas, da mesma forma que o contrário também deve ter ocorrido: obras que considerei interessantes podem não ter despertado nenhuma emoção em outros visitantes. O critério aqui é pessoal, e não pretendo fazer nenhum julgamento de valor. Apenas inseri uma pequena amostra de algumas tendências que vi na feira e que me detiveram ou pela beleza, ou pela composição ou pelo humor. Espero que muitas outras feiras como essa sejam realizadas, para que as pessoas possam conhecer o que está sendo produzido por nossos artistas, educar seu olhar e, a partir daí, perder o medo de adquirir obras de arte. É isso aí!