segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Olea - Mozzarella Bar. Para relembrar o que a Toscana tem de melhor.

Dia desses recebi um convite muito gentil para almoçar no Olea – Mozzarella Bar, no Jardim Paulistano. Quando a gente chega e olha a fachada, não imagina a dimensão da casa no interior. Trata-se de um imóvel de grandes proporções, pé direito alto, vários ambientes e muitas, muitas plantas. Há árvores na decoração, plantas escalando pelas paredes e até pendendo do teto. Enfim, o tipo de lugar onde a gente se sente bem, ainda mais na companhia de pessoas especiais!

A fachada já é atraente - Foto: Simone Catto

Segundo o site da casa, a palavra "Olea vem do latim olea europea, que é o nome cientifico da oliveira". O nome do restaurante, portanto, teria surgido quando um dos sócios trouxe da Itália duas oliveiras - uma delas foi instalada à entrada e a outra no pátio central.

A vista de nossa mesa no mezanino - Foto: Simone Catto

O salão principal também é uma delícia! - Foto: www.olea.com.br

Foto: Simone Catto

O imóvel, da década de 40, foi concebido para lembrar uma pequena villa toscana, com seu décor, seus tijolos aparentes e todo aquele verde. São quatro ambientes no total: um deck coberto por um pergolado de vidro e madeira de demolição, um pátio arborizado com teto retrátil, um bar onde fica um "aquário" de saladas e mozzarellas, e um pequeno mezanino, com vista para o deck e o jardim vertical. Foi nesse mezanino "privé" que ficamos, com todo o sossego e conforto de um ambiente exclusivamente nosso. 

O "nosso" mezanino com vista para o jardim vertical - Foto: www.olea.com.br

Outra vista a partir do mezanino - Foto: Simone Catto 

Lá de cima a gente via pessoas acomodadas nesses sofás, em outro ambiente gostoso do lugar. 
Foto: www.olea.com.br

Quando cheguei, a anfitriã já havia pedido o Prossecco Belstar, de origem controlada. Estava delicioso e foi ele que embalou nosso almoço. Alguns amigos preferiram caipirinhas, servidas em respeitáveis copos de long drinks.

Foto: Simone Catto

Inaugurado em 2009, o Olea recebeu, em 2011, o selo Ospitalità, conferido pela União das Câmaras de Comércio Italianas aos restaurantes considerados como legítimos representantes da tradição italiana no Brasil. Somente 30 casas, no Brasil, receberam essa premiação. Todas localizam-se no estado de São Paulo, sendo que 29 estão na capital, e foram selecionadas pelos seguintes critérios de "italianidade": utilização de certos ingredientes importados; menu escrito também em italiano; 51% do menu com receitas autênticas italianas; descrição dos ingredientes de cinco receitas tradicionais; um funcionário que fale italiano; ambiente com um ou mais elementos da identidade italiana; pelo menos 20% da carta de vinhos com rótulos daquele país.

O bufê de saladas da casa é muito bom, mas naquele dia eu estava com vontade de comer uma massa. Pedi então uma Farfalle Joie de Vivre (é a massa 'borboleta' – que alguns chamam de 'gravatinha' - com salmão, alho-poró, mascarpone e um pouco de tomate). O prato parecia apetitoso, mas, por alguma razão, não me entusiasmou. Achei-o satisfatório, mas esperava mais. Confesso que não percebi o sabor do mascarpone e sequer enxerguei o tomate. Só senti o sabor do salmão. Enfim... preciso retornar à casa para tirar a prova.

O meu prato: Farfalle Joie de Vivre - Foto: Simone Catto 

Quando chegamos, havia poucas mesas ocupadas. Ao sairmos, horas depois, o lugar estava lotado de gente bonita de todas as idades. O ambiente é muito bom, ao mesmo tempo refinado e informal. Pretendo retornar ao restaurante para experimentar outros sabores. Vale dizer que alguns amigos pediram pratos à base de carne e gostaram muito de suas escolhas. Pode ser uma boa na próxima vez!

Se você for ficar em Sampa no verão, vale a pena dar uma conferida no OLEA – MOZZARELLA BAR. Fica na Rua Joaquim Antunes, 198 - Jardim Paulistano. Tel.: (11) 3062-1535/2725. www.olea.com.br

BUON NATALE!!!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Restaurante Mestiço. Quinze anos de delícias bem temperadas em ambiente descolex.

Há restaurantes que são atemporais. Seja pela qualidade de sua gastronomia, pelo charme da localização, pelo perfil de público que atrai ou por tudo isso junto. É o caso do Mestiço, na região da Consolação. A casa abriu há quinze anos com uma proposta inovadora, que era aliar as cozinhas baiana e tailandesa naquilo que elas têm em comum e de mais característico: o acentuado sabor do tempero, guardadas as particularidades de cada uma. E é exatamente isso que encontramos por lá: uma "cozinha contemporânea variada, com especialidades tailandesas e toques baianos", conforme descrição no site da casa.

O bar da entrada já tem uma atmosfera gostosa - Foto: Simone Catto

O salão é amplo e as paredes sempre exibem pinturas que estão à venda - Foto: www.mestico.com.br  

Frequento o Mestiço há mais de dez anos e, invariavelmente, acabo optando mais pelos pratos tailandeses do que pelos baianos, embora goste de ambas as cozinhas. O acarajé, por exemplo, é muito bom. Mas, como entrada, nunca resisto ao Krathong-thong, as famosas cestinhas tailandesas de massa crocante recheadas com frango, milho e especiarias. São tão levinhas que num minuto desaparecem do prato.

Krathong-thong: as deliciosas cestinhas tailandesas são um clássico da casa! - Foto: www.mestico.com.br

Em minha última visita ao restaurante, optei pelo Hua Hin, frango com shiitake ao molho de gengibre ao estilo tailandês. Estava delicioso, aliás como absolutamente todos os pratos que já tive a oportunidade de saborear ali. Para acompanhar, tomei um suco de tangerina fresquinho.

O Hua Hin é levemente condimentado e saborosíssimo - Foto: Simone Catto

Por falar nisso, lembro-me de várias vezes ter pedido, em outras visitas, um prato à base de frango e leite de coco que há tempos não peço e que é servido numa cumbuquinha branca. Não lembro o nome desse prato e, ao consultar o cardápio on-line para tentar descobrir, infelizmente ele não estava lá. Só lembro que era bem condimentado, delicioso e perfeito para os dias frios.  

O fato é que, não importa o que você peça, tudo no Mestiço é saboroso. E essa opinião é compartilhada por todas as pessoas que já frequentaram o lugar comigo - nunca ouvi sequer uma reclamação sobre a comida de lá. É por isso, entre outras coisas, que ele se tornou um restaurante emblemático de Sampa.

A mesa onde sentei na última vez ficava ao lado da pintura que retrata bem a "mestiçagem"! - Foto: Simone Catto 

Além da qualidade da cozinha, o Mestiço está num ponto dito 'alternativo' da cidade, a meio caminho entre os Jardins e a região da Consolação, o que contribui enormemente para seu sucesso e também para atrair um público eclético, porém com duas coisas em comum: é gente bonita e descolada. Lá vemos jovens, senhores, gays, casais, grupos de amigos e, eventualmente, uma ou outra família. Crianças são mais raras no local. Mesmo com o restaurante lotado, uma coisa chama atenção (ou deixa de chamar, dependendo do ponto de vista): o salão não fica com aquele barulho ensurdecedor, talvez porque as pessoas que frequentam o lugar costumam ser mais educadas. O astral é ótimo. Sobretudo nos fins de semana, é comum haver espera, mas ninguém parece se importar: o pessoal se acomoda no salão do bar ou nos banquinhos da calçada e observar o movimento acaba sendo parte do programa.

Outro ângulo do salão do bar onde os clientes aguardam seus lugares saboreando um vinho ou caipirinha - Foto: Simone Catto

E se a noite estiver agradável, a espera também acontece do lado de fora! - Foto: www.mestico.com.br 

Outro ponto positivo é que, ao contrário da maioria dos restaurantes de Sampa, a casa nunca deixa os clientes "órfãos", isto é: abre também aos domingos e segundas-feiras, sendo um porto seguro para todo mundo que gosta de comer bem num ambiente diferenciado.

É por tudo isso que sou fã do MESTIÇO e não abro! O endereço é Rua Fernando de Albuquerque, 277 – Consolação. Tel.: 11 3256-3165 - www.mestico.com.br. A casa abre aos domingos e segundas das 11h45 às 24h, de terça a quinta-feira das 11h45 à 1h e sextas e sábados das 11h45 às 2h. Não conhece? Pode ir que você não vai se arrepender!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

'Maria do Caritó', com Lilia Cabral. A temática e a atriz mereciam mais.

A ideia é boa. Contar as aflições de uma virgem nordestina, quase cinquentona, que foi prometida a um santo pelo pai (nada santo) por ter supostamente sobrevivido ao parto que matou sua mãe. Por causa dessa promessa, a pobre deveria manter-se casta e pura até morrer. É fácil fazer promessa com o sacrifício alheio, não? Pois é. A virgem Maria (sim, a coitada ainda foi batizada com o nome da Santíssima) nunca esteve com homem algum e sequer imagina o sabor de um beijo na boca. O pior é que seu pai lhe atribui uma série de "milagres" ocorridos na cidade, mas a pobre trocaria de bom grado o melhor lugar no céu por uma única noite "do capeta" com qualquer macho da Terra.

Este é o ponto de partida da peça Maria do Caritó, estrelada por Lilia Cabral, que interpreta uma Maria aflita e cheia de tiradas divertidas. A palavra "caritó" designa um tipo de prateleira presente em casas sertanejas e a expressão "ficar no caritó" refere-se às mulheres que não se casam e "ficam para titia", ou seja, para sempre "na prateleira" sem que ninguém as resgate de lá. Para muitas, isso deve equivaler a uma condenação! (rs)


Lilia Cabral e sua Maria virgem e milagreira.

O teatro estava lotado, provavelmente pela presença de Lilia Cabral, que atrai público por sua indiscutível competência como atriz e seu carisma. Eu diria que a peça É Lilia Cabral. Não que o restante do elenco não seja bom, longe disso. Todos atuam bem, com especial destaque para Dani Barros, que em determinado momento faz uma caracterização hilária de uma galinha (sim, a ave! rs).

A pobre Maria tenta alcançar Santo Antônio no topo do mastro.


Confesso, no entanto, que achei o roteiro um tanto fraco. O texto poderia ser mais bem costurado e o enredo poderia ter sido melhor explorado com mais humor, diálogos e situações inteligentes. Uma pena, porque a temática rende. Porém, foi subaproveitada. Essa opinião é compartilhada por outras pessoas com quem conversei, inclusive aquelas que assistiram à peça em minha companhia.

Se me perguntarem se recomendo o espetáculo, portanto, respondo que não. Não vale os R$ 80,00 cobrados pela inteira aos sábados. De qualquer maneira, se você quiser conferir, MARIA DO CARITÓ está em cartaz no Teatro FAAP (Rua Alagoas, 903) até 16/12 - próximo domingo, portanto - com os seguintes horários e preços:
Sexta: 21h30 – ingressos populares - R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Sábado: 21h – R$ 80,00 / Domingo: 18h - R$ 70,00.
Informações: 11 3662-7233. A ficha técnica completa da peça está em

domingo, 9 de dezembro de 2012

Julice Boulangère. Variedade de pães gourmet muito bem acompanhados.

Há dias em que a gente acorda com vontade de um café da manhã especial, de preferência ao lado de gente querida. Foi num dia desses que conheci a Julice Boulangère, a meio caminho entre Pinheiros e Vila Madalena.

Foto: www.juliceboulangere.com.br

A primeira impressão já é boa: o sobrado com 'jeitão' antigo é agradável e as mesas ficam instaladas num gostoso quintal com plantas.

Foto: Simone Catto

Foto: Simone Catto

Só para esclarecer, a palavra boulangerie, em francês, significa 'padaria' - com a ressalva de que as padarias da França têm uma configuração bem diferente das nossas, OK? Boulangère, portanto, significa 'padeira'. Misto de cafeteria e padaria chique, por assim dizer, a Julice Boulangère é especializada em pães artesanais de inspiração francesa e também serve sanduíches incrementados e alguns pratos de bistrô, como crepes doces e salgados, quiches, saladas e outros. Seu Croque Monsieur, aliás, foi eleito pelo Guia da Folha como o melhor da cidade em 2011.

O balcão de pães é tentador! Dá vontade de levar todos para casa - Foto: Simone Catto

O café dessa região é muito bom! - Foto: Simone Catto

Sob comando da chef Julice Vaz, são confeccionados, na boulangerie, desde pães tradicionais até os integrais e gourmet, produzidos a partir de um processo de fermentação denominado Levain e que, segundo uma amiga, foi criado por monges franceses. Além disso, podemos degustar uma linha de geleias, mostardas, chutneys, vinhos, bolos e deliciosos doces de produção própria que se harmonizam com os pães.

Foto: Simone Catto

Os doces, tão bonitos quanto sabororosos - Foto: Simone Catto

Não poderiam faltar os cupcakes, que estão na moda, embora eu não troque 
um quindim por nenhum deles! - Foto: Simone Catto

Se você quiser experimentar os principais pães da casa, o ideal é pedir um dos kits de café da manhã. Eu optei pelo Déjeuner, que inclui três opções de pães (pão bolinha, pão de linhaça, brioche e ciabatta tradicionais ou integrais ou pão de ameixa com chocolate); porção de manteiga; prato de frios (peito de peru, mortadela ou presunto); porção de geleia do dia; minitorta de morango; suco de laranja, limão ou polpa; cappuccino, chocolate quente ou chá. Eu comi o pão de linhaça, o pão bolinha e o pão de ameixa com chocolate, que estavam deliciosos. Como tinha direito a seis fatias de frios, pedi duas de queijo branco, duas de peito de peru e duas de presunto. Tudo superfresquinho, muito bom. Merece destaque especial a geleia da casa, de damasco com alecrim, maravilhosa! O alecrim realmente confere um saborzinho especial à geleia, revelando ser uma combinação perfeita para o damasco.

O kit Déjeuner (R$ 28,10), já desfalcado de frios (rs), é uma ótima pedida para experimentar alguns dos pães da casa, servidos no baldinho de alumínio - Foto: Simone Catto 

Os talheres vêm assim, embalados em graciosos saquinhos - Foto: Simone Catto 

Antes de ir embora, não resisti à vitrine de doces e levei alguns Éclairs para viagem, para saborearmos depois: o de pistache com frutas vermelhas, o de blueberry e, como não poderia faltar, o tradicional éclair de chocolate. Todos de comer de joelhos!!! O éclair de pistache com frutas vermelhas, por exemplo, derrete na boca de tão leve. E o de blueberry tem um saborzinho diferente, muito especial. Amei!

O trio de Éclairs, alucinantes de bons! (Média de R$ 7,50 cada) - Foto: Simone Catto 

A única ressalva é que, na manhã de sábado em que lá estive, o local estava bem cheio e o serviço era confuso. Nossa espera não foi longa, mas vi mesas que foram ocupadas depois da nossa sendo servidas primeiro e, no lugar do brioche que pedi à atendente, veio o pão bolinha. Fica a dica para Julice reforçar o treinamento da equipe, ou então contratar gente extra para os horários de pico – como sábados de manhã, por exemplo. Quanto aos produtos que experimentei, achei-os de excelente qualidade.

A JULICE BOULANGÈRE fica na Rua Deputado Lacerda Franco, 536 – tel.: 11 3097-9144/62 – www.juliceboulangere.com.br. Abre de segunda a sábado, das 8h30 às 20h. Minha dica: experimente, mas prefira um dia útil.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Café 7 Molinos. Entre tantas cafeterias nos Jardins, prefira outra.

Parece que, pouco a pouco, São Paulo está acordando para a necessidade de ter lugares simpáticos onde a gente possa tomar um café sem pressa, degustar pães diferenciados e docinhos gostosos. A quantidade de cafeterias existente na cidade ainda é – infelizmente – irrisória para a magnitude da metrópole, mas, de uns anos para cá, ainda que timidamente, uma ou outra vem pipocando aqui e ali. É o caso de casas como Santo Grão, Suplicy, Octavio Café e a pioneira Fran's Café, que abriu dezenas de franquias e, após um período de decadência, promoveu uma necessária reforma na arquitetura e no atendimento de várias de suas lojas.

Boa parte dessas cafeterias, como a Santo Grão, a Suplicy e tantas outras, está localizada nos Jardins - isto é, a concorrência no bairro é grande -, o que me faz questionar por que uma cafeteria como a 7 Molinos, aberta há não muito tempo na Al. Lorena, mantém em sua equipe rapazes tão despreparados para atender clientes ou lidar com o público.

Foto: Simone Catto

Vou explicar. Estive lá em um final de semana, cheguei um pouco antes do horário combinado com meus amigos e fui recebida por uma atendente gentil, que me acomodou em uma mesa. A moça me deu o cardápio e pedi um Cappuccino Italiano, que vem com 1/3 de expresso, 1/3 de leite e 1/3 de espuma. Até aí, tudo bem.

O Capuccino Italiano, que custa R$ 6,00 no café 7 Molinos - Foto: Simone Catto

Ocorre que, enquanto eu esperava, um verdadeiro exército de rapazes ficava passando o tempo todo pelo corredor da cafeteria, que não é grande, transportando caixas. Falavam alto, faziam brincadeiras entre si e se comportavam como se não houvesse clientes na casa. Postura zero. Aliás, questiono a necessidade de se ter tantos funcionários, já que a maioria parecia não saber o que estava fazendo ali. Em determinado momento, levantei-me para tirar fotos e quase fui atropelada, no estreito corredor, por um dos trogloditas que passava correndo carregando uma grande caixa. É óbvio que qualquer funcionário "normal" - leia-se: com um mínimo de educação, sairia da frente para dar passagem a um cliente, certo? O "fino" simplesmente prosseguiu como se fosse um cavalo açoitado. Lamentável. E não para por aí. Ao perguntar a um deles se todos os itens de uma prateleira do local estavam à venda, o rapaz respondeu, displicentemente, que "a loja toda estava à venda". Até perguntei à moça do caixa se a casa estava mesmo à venda, porque um amigo pretende abrir um negócio na região e poderia se interessar. Surpresa, ela respondeu que não, que a cafeteria não estava à venda (!!). Sorte da concorrência, que ganha de longe em serviço, educação e simpatia!

A prateleira com itens à venda, ao lado do corredor onde quase fui "atropelada" 
por um "funcionário" que não funciona - Foto: Simone Catto.

Aí resolvi pedir algo leve para comer e optei pela cesta de Pães 7 Molinos, que acompanha azeites especiais. Os pães estavam bons e os azeites idem, mas confesso que achei a combinação um tanto sem-graça. Ou, melhor dizendo, os azeites não combinavam com AQUELES pães. Pode ser questão de gosto, mas... estou compartilhando o que senti, pois este é o princípio do blog.

A cesta de Pães 7 Molinos com azeites especiais. Ambos são bons, mas com parceiros diferentes - Foto: Simone Catto

O balcão, olhado isoladamente, é simpático. Mas no conjunto, se perde - Foto: Simone Catto

A mesa onde sentamos... ambiente frio! - Foto: Simone Catto

Os doces da vitrine tinham um aspecto bom, mas confesso que não tive a mínima vontade de experimentá-los, já que o ambiente da casa não estimulava em nada. Além do absoluto despreparo dos funcionários, a atmosfera é fria, impessoal, bem distante do clima de aconchego que se espera de uma cafeteria.

Foto: Simone Catto

A 7 Molinos fica na Al. Lorena, 1914, mas é melhor você tomar seu café no Suplicy, na mesma rua, ou subir até a R. Haddock Lobo e se deliciar com um dos cafés do Fran's, que tem um cardápio muito mais diversificado, bom atendimento e está com um astral maravilhoso.

domingo, 25 de novembro de 2012

Bar Genuíno. Oferta etílica respeitável e fartura de petiscos na Vila Mariana.

Faz tempo que a rua Joaquim Távora, na Vila Mariana, começou a 'pegar fogo' com a abertura de bares e restaurantes que, pouco a pouco, foram se proliferando por ali. Se não me engano, tudo começou com o Barxaréu, na esquina com a Rua Rio Grande. Depois chegou o Bar da Vila e, na sequência, acho que foi a vez do Genuíno, inaugurado no ano 2000. E é dele que vou falar aqui.

A fachada com terraço já é bem convidativa - Foto: Simone Catto

Pode-se dizer que o Genuíno já se tornou um clássico no bairro. Simpático, espaçoso e com vários ambientes, entre os quais se destacam o terraço da frente e a arejada área externa dos fundos, o bar abriga sobretudo moradores da região, universitários e professores da ESPM e da faculdade de Belas Artes, que ficam ali ao lado.

O quintal dos fundos tem ambientes arejados, em desníveis, e uma boa área com teto retrátil. Perfeito para o verão!
Foto: Simone Catto 

E se a ideia for reunir os amigos com mais privacidade, essa salinha interna pode ser uma boa pedida - Foto: Simone Catto
  
Ali nós temos a certeza de encontrar uma variedade de bebidas e comidinhas para ninguém botar defeito. Chope, cervejas diversas, caipirinhas, drinks caprichados e dezenas de cachaças artesanais (entre elas a festejada – e cara! - Anísio Santiago/Havana) fazem parte da respeitável oferta etílica da casa.

Como a noite estava superagradável em minha última visita, sentei-me no terraço e, para não perder o costume, iniciei com uma Caipirinha de Limão feita de cachaça Salinas.

Foto: Simone Catto

O Suco de Tomate, outro pedido da mesa, veio com um toque 'van goghiano', veja só!

Foto: Simone Catto

Além dos tradicionais petiscos de bar, como Pastéis, Provolone à Milanesa e outros, o Genuíno também tem sanduíches, alguns pratos e quitutes como Escondidinho, Bolinho de Abóbora com Carne Seca e Combinado de Salsichas (Frankfurter, Pinguim e Branca com cebola). O fato é que o cardápio é tão variado que fica até difícil escolher! Naturalmente, não poderia faltar a tradicional picanha no réchaud, que já provei em outras visitas e é muito boa. A picanha serve duas pessoas e acompanha farofa, polenta palito, cebola, vinagrete e alho frito.

Desta vez, porém, começamos com uma prosaica Porção de Pastéis. Vieram nove unidades de pastéis variados com bem servidos recheios de carne, queijo e palmito.

Foto: Simone Catto

Depois da caipirinha, pedi uma Margarita. E para acompanhar, optamos por uma porção de Croquetes de Carne (10 unidades). Crocantes e com 'sustância', eles 'rebateram' com louvor as nossas bebidas e rechearam nossos estômagos de forma saborosa e nutritiva.

A Margarita, que estava ótima - Foto: Simone Catto

Os Croquetes de Carne sustentam! - Foto: Simone Catto

Você mora na região da Vila Mariana e ainda não conhece o Genuíno? Aproveite que o verão está aí e apareça por lá! Fica na R. Joaquim Távora, 1217. Tel.: 11 5083-4040 - www.genuinochopp.com.brAbre de segunda a sexta-feira das 17h à 01h, e sábados e domingos das 12h à 01h.

domingo, 18 de novembro de 2012

'A Arte de Amar'. Um filme sobre as voltas que o 'je t'aime' dá.

Sabe aqueles filmes que fazem você sair do cinema mais leve? A Arte de Amar é um deles. Trata-se de uma comédia romântica bem ao estilo francês, isto é, sutil, com humor de bom gosto, que narra cinco historinhas de amor e sexo vividas por pessoas que se cruzam em Paris. Numa delas temos Achille, um simpaticão de meia-idade interpretado por François Cluzet (o protagonista do ótimo 'Os Intocáveis'), que flerta com a nova vizinha de apartamento (Frédérique Bel), uma mulher tão sensual quanto complicada que, na hora 'H', enche a cabeça de caraminholas e dá mil voltas para consumar algo com o pobre homem, que dá um banho nos monges budistas no quesito 'paciência'.

Frédérique Bel e François Cluzet

Em outro episódio, a cinquentona Emmanuelle (Ariane Ascaride) ama o marido, porém decide deixá-lo porque sente atração por inúmeros outros homens e não quer traí-lo. Quando o apaixonado - e torturado - marido lhe dá carta branca para que ela dê vazão a suas fantasias, o desejo da mulher pelos outros homens simplesmente desaparece e o casal vive feliz para sempre. Parece um ditado que já ouvi várias vezes e que diz que devemos deixar livre a quem amamos. Se o ser amado permanecer ao nosso lado, é porque também nos ama. E se ele se for, é porque já não nos amava antes. Simples assim!

Outra história mostra Vanessa (Élodie Navarre), uma jovem que vive com o belo e doce William (Gaspard Ulliel), seu namorado desde a infância, mas admite para ele que deseja dormir com o colega de trabalho Louis, interpretado pelo próprio diretor e roteirista do filme, Emmanuel Mouret. Quando William mente afirmando que também dormiria com uma estagiária no mesmo dia e horário em que ela supostamente teria um encontro com o colega, nenhum dos dois faz nada. Ficam ambos sozinhos e amargurados, cada um em um canto do mesmo bar, porém sem se cruzarem, um ruminando a consentida 'traição' do outro. Em minha opinião, a mulher merecia um duplo 'atestado de burrice'. Primeiro, por cogitar dormir com outro tendo um companheiro tão fiel e atraente a seu lado. E segundo, por dizer isso a ele. Enfim... minha experiência diz que, quando os franceses resolvem complicar o que quer que seja, são absolutamente imbatíveis.

William (Gaspard Ulliel) e Vanessa (Élodie Navarre): dá raiva dela!

Temos também Zoé (Pascale Arbillot), que resolve dar uma força à amiga Isabelle (Julie Depardieu, filha do astro Gérard), que passa por um período de entressafra sexual. Num ato de extrema 'caridade', Zoé lhe propõe 'emprestar' o próprio marido (!!) para que este dê uma amenizada na situação da moça. Haja desprendimento. Depois, é Isabelle que acaba ajudando outra amiga, Amélie (Judith Godrèche), a testar a fidelidade de um admirador, Boris (Laurent Stocker), e acaba envolvida num divertido imbroglio. Ninguém precisa ter mais do que meia dúzia de neurônios para prever que Isabelle acaba caindo nas graças de Boris e é ela quem se dá bem nessa história.

Julie Depardieu e Judith Godrèche

Julie Depardieu e Laurent Stocker

Se você aprecia a estética francesa e quiser assistir a algo leve para se divertir sem grandes pretensões, certamente não vai se decepcionar com esse filme. Atualmente, A Arte de Amar está em cartaz em apenas dois cinemas, ambos do circuito ‘Itaú’ e ambos localizados em shoppings: Frei Caneca e Bourbon. Assista e comente, aqui, o que achou!