quarta-feira, 23 de abril de 2014

'Amante a Domicílio'. Um ótimo filme que não merece título com erro de português.

Adoro humor fino e inteligente. Por isso gostei muito de 'Amante a Domicílio' (sic), filme dirigido por John Turturro no qual reconhecemos o "dedinho" de Woody Allen, que aqui não está atrás das câmeras, mas bem à frente do elenco. Só não gostei de ver a língua portuguesa maltratada, já que alguma criatura que deve ter cabulado a aula de preposição traduziu o título original, 'Fading Gigolo', para 'Amante a Domicílio', atentando contra nosso pobre idioma - o correto seria ‘Amante em domicílio’. Professor Pasquale urgente!!!

Deixando de lado esse vergonhoso mico gramatical, vamos falar do filme, cuja pré-estreia quase lotou a sala do Playarte Bistrol, no shopping Center 3. Se não soubéssemos que a direção é de Turturro, que também atua como protagonista ao lado de Allen, poderíamos tranquilamente afirmar que se trata de um filme de autoria deste último. Para começar, os diálogos são ótimos, com aquele tipo de humor ácido e sutil que é a marca do baixinho. A direção é segura. Além disso, o elenco é de primeira, com destaque para a dupla de protagonistas, que por vezes nem precisa abrir a boca para falar, tamanha sua expressividade.

Murrey (Woody Allen) e Fioravante (John Turturro), os amigos que viram cafetão e gigolô, respectivamente.
A dupla dá um show!

Turturro interpreta Fioravante, um florista tranquilo e simpaticão que não está exatamente nadando em dinheiro e é amigo de Murrey (Woody Allen), dono de um sebo de livros raros falido. Até que Murrey tem uma ideia para ganhar dinheiro: agenciar o amigo para prestar serviços sexuais, ao descobrir que sua dermatologista, interpretada por Sharon Stone, procura um homem para um ménage à trois. Relutante no início, Fioravante acaba cedendo e começa a pegar gosto pela coisa ao conquistar belas clientes como a amiga da doutora interpretada por Sofia Vergara e Avigal, uma jovem judia ortodoxa viúva interpretada pela francesa Vanessa Paradis. Allen arranca risadas com suas tiradas cínicas e Turturro está impecável como o amante gentil e sensível que é o sonho da maioria das mulheres com um mínimo de amor-próprio. 

Fioravante, o florista calmo e bonachão, é convencido pelo amigo a virar gigolô.

Sharon Stone interpreta a Dra. Parker, a dermatologista de Murrey que se torna a primeira cliente do gentil Fioravante.

A coisa começa a ficar "quente" quando a Dra. Parker apresenta sua fogosa amiga ao amante profissional.

Fioravante conquista a amiga com galanteria e elegância.

Vanessa Paradis é a doce e reprimida viúva judia que descobre existirem outras formas de amar.

Se você gosta de comédias de bom gosto e alto nível, não pode perder 'AMANTE A DOMICÍLIO'. O filme deve estrear essa semana na cidade, fique de olho!

Ficha técnica parcial

Direção: John Turturro
Elenco: John Turturro, Woody Allen, Sharon Stone, Vanessa Paradis, Sofia Vergara e outros.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Casa Mathilde. O melhor da confeitaria portuguesa, com certeza!

Um aspecto curioso (e alentador!) a respeito do Centro de São Paulo é que de vez em quando a gente encontra, ao circular por ali, alguns oásis gastronômicos que valem o passeio. A começar pelos cafés como o do Pátio do Colégio e o charmoso Girondino, em frente ao mosteiro de São Bento. E agora, acabo de ter o prazer de descobrir a Casa Mathilde, um misto de padaria artesanal e doçaria portuguesa que segue a tradição da casa-mãe, fundada em 1850 nas proximidades da cidade de Sintra, Portugal. Por muitos anos, a loja foi a fornecedora oficial de doces da Casa Real Portuguesa e fechou em 1974, após a Revolução dos Cravos.

Foto: www.casamathilde.com.br

A matriz de Portugal - Foto: Simone Catto

Um pouco de história... - Foto: Simone Catto

A nossa Casa Mathilde está instalada em um local agradável e icônico de São Paulo, a Praça Antônio Prado, em frente ao Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu da cidade. O espaço, extremamente amplo e arejado, oferece ao cliente a opção de acomodar-se nas mesinhas ou então em simpáticos sofás enfileirados, formando outro ambiente. Optamos por um deles, onde a conversa pôde rolar solta enquanto tomávamos nossos cafés e saboreávamos nossas gostosuras.

Foi em um dos sofás à direita que nos acomodamos - Foto: Simone Catto

A variedade de doces portugueses e pães doces e salgados é de deixar qualquer um absolutamente atarantado, sem saber o que escolher, tamanha a quantidade de delícias. Não é para menos: os proprietários trouxeram dois confeiteiros de Portugal, que não dividem o segredo das receitas com ninguém. Estão lá quitutes tradicionais como os pasteis de nata, os travesseiros de Sintra e as queijadas que fizeram a fama da matriz em Portugal. Eu, que particularmente tenho um fraco por doces à base de gema de ovos, pedi um café (R$ 3,50) com toucinho do céu (R$ 8,50), uma espécie de quindim com amêndoas servido em fatias. É mesmo do céu, pois deixa qualquer cachopa em êxtase orgástico celestial! (rs)

São tantos doces deliciosos que foi difícil escolher! - Foto: Simone Catto

Na próxima vez vou experimentar o Mimo da Pena, essa belezura da direita, que é feita à base de coco, creme de ovos e cereja. Deve ser um escândalo de bom! - Foto: Simone Catto

O meu Toucinho do Céu realmente me fez sentir no paraíso! - Foto: Simone Catto

Através de uma janela no fundo do salão dá para enxergar os quituteiros em pleno ato de criação.

Foto: Simone Catto

O pé direito alto permitiu a construção de um mezanino que oferece uma bela vista do entorno com sua parede envidraçada.

O mezanino também é muito agradável e tem uma bela vista para a Praça Antônio Prado - Foto: Simone Catto

Do mezanino dá para avistar o Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu de São Paulo.
Foto: Simone Catto

Já na fila para pagar, a gentil Andréia, que estava no caixa, nos deu alguns biscoitinhos Areias de Cascais para experimentar. Vendidos a granel, eles são levíssimos, saborosos e perfeitos acompanhados de um cafezinho. Acabamos levando um punhadinho.

Os delicados biscoitos Areias de Cascais - Foto: Simone Catto

Se você passar pelo Centro ou resolver fazer um passeio por ali, não deixe de dar uma parada na CASA MATHILDE para experimentar pelo menos um doce. É tudo extremamante fresquinho e de dar água na boca. Com certeza vou voltar! O endereço é Praça Antônio Prado, 76 – Centro. Tel.: 3106-9605 – www.casamathilde.com.br

domingo, 20 de abril de 2014

SP-Arte 2014 (parte 3). O contemporâneo que intriga e diverte.

Este post é o terceiro de uma série dedicada à feira SP-Arte 2014, realizada no início do mês no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera. Como já afirmei anteriormente, essa feira realizada todos os anos é imperdível para quem deseja comprar arte ou simplesmente ficar por dentro do que as galerias têm a oferecer. Nesta edição foram mais de cento e trinta participantes, entre galerias brasileiras e estrangeiras, com acervos em que predominam, em 99% dos casos, obras de arte moderna e contemporânea.

Deixando à parte a discussão sobre a legitimidade de determinadas obras de arte contemporânea, encontrei, na SP-Arte 2014, alguns trabalhos que, no mínimo, eram divertidos e provocadores. Se são arte ou não, isso é outra questão que "dá muito pano pra manga", pois percebi que a noção de arte cada vez mais se relativiza e pode ser muito subjetiva. As obras da galeria carioca Portas Vilaseca, por exemplo, me atraíram pela inventividade de suas propostas. Vale lembrar que nem todas exibiam seus nomes, como o curioso tabuleiro de xadrez abaixo, com peças que lembram itens de banheiros e lavabos.

Claudia Hersz - Portas Vilaseca Galeria - RJ - Foto: Simone Catto

Aqui a artista se apropriou de uma tapeçaria no estilo Gobelin para criar seu trabalho.

Claudia Hersz - 'Denier Le Paysage' - Portas Vilaseca Galeria - RJ - Foto: Simone Catto

Note que a obra abaixo é constituída por uma imagem impressa em dezenas de post-its.

Íris Helena - 'Lembretes' da série 'Lembretes' - Portas Vilaseca Galeria - RJ
Foto: Simone Catto

Achei as cores e o a vivacidade da composição a seguir, elaborada com pratos, muito interessantes. Conforme explicou o representante da Galeria Emma Thomas, trata-se de uma obra de Bruno Miguel, artista plástico que nasceu e vive no Rio de Janeiro.

Bruno Miguel - Galeria Emma Thomas - Foto: Simone Catto

A próxima obra foi toda realizada com pedaços de vinil recortado. O resultado saiu no mínimo curioso e inusitado!

Carlos Aires - Sergio Gonçalves Galeria - RJ - Foto: Simone Catto

E agora vamos a uma pequena amostra de artistas bastante conhecidos e respeitados por seu trabalho – seja no Brasil ou no exterior.

Aqui temos uma parede repleta de obras de Leonilson - Galeria Berenice Arvani - Foto: Simone Catto

Wesley Duke Lee - 'Nike Descansa - "59" (1966-1986) - nanquim, guache e xérox s/ papel .
A Ponte Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

A seguir, uma vista de obras de Gordon Matta-Clark exibidas no stand da Galerie Natalie Saroussi – Paris.

Gordon Matta-Clark - Natalie Saroussi - Paris - Foto: Simone Catto

Hector Vilche - Galeria Sur - Montevidéu - Foto: Simone Catto

E para finalizar, que tal uma polêmica? A foto abaixo mostra uma performance da artista sérvia Marina Abramovic e Ulay, artista plástico com quem se relacionava, realizada no ano de 1977 em uma galeria de arte de Bolonha, Itália. Ambos sentaram-se de costas um para o outro durante 16 horas, imóveis e sem a presença de público, enlaçados fortemente por seus cabelos. Somente por uma hora o público pôde entrar e presenciar a performance que tinha, como objetivo, mostrar a força do vínculo que os unia. Posso até ser excomungada, mas devo dizer que questiono fortemente esse gênero de manifestação artística. Podemos chamar performances como essa de arte ou são apenas a expressão de uma subjetividade? Tudo é arte? Fica a questão para reflexão.

Marina Abramovic - 'Relation in Time' (1977) - Galeria Lia Rumma - Itália - Foto: Simone Catto

Confira, nos links abaixo, mais obras da SP-Arte 2014!


sábado, 19 de abril de 2014

SP-Arte 2014 (parte 2). As cores e formas de uma arte contemporânea que vale a pena.

A produção de arte contemporânea é imensa e muito se fala sobre ela, pelo bem ou pelo mal. Vídeos, instalações, performances e obras conceituais das mais variadas estirpes e vertentes ocupam espaços na mídia, nas Bienais, em galerias de arte, museus, feiras e exposições pelo mundo afora. Muitas vezes é difícil compreender o que o artista pretende se não tivermos acesso a um documento que explique sua intenção. E outras tantas vezes, em número muito maior do que seria confortável admitir, pergunto-me francamente se estou mesmo diante de uma obra de arte ou de uma "pegadinha" para incautos. Vejo obras que absolutamente não me convencem serem comercializadas a preços astronômicos. Vejo artistas serem alçados a um pedestal, até que algum ser iluminado ouse levantar a voz para declarar que "o rei está nu".

É por tudo isso que fiquei feliz ao encontrar, na SP-Arte 2014, várias obras de arte contemporânea que considerei bastante interessantes por me transmitirem um determinado  prazer estético, já que isso tem se tornado cada vez mais raro ultimamente. Realizada de 3 a 6 de abril no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, a feira reuniu mais de 130 galerias de arte nacionais e estrangeiras. Já publiquei um post abordando obras desta edição da SP-Arte que foram produzidas por artistas modernos que já conquistaram seu lugar no panteão dos mestres, e agora, portanto, vou compartilhar algumas obras de arte mais recentes que se destacaram, sob meu ponto de vista, por me despertarem uma agradável sensação estética. Vale reforçar que algumas obras não exibiam seu nome, mas apenas o nome do artista.

Vamos começar com duas obras da Zipper Galeria que chamaram minha atenção. A primeira, por seu colorido e o efeito agradável gerado pela superfície homogênea que reflete luz. Dá vontade de tocá-la! A segunda obra destacou-se por sua inventividade, embora ela tenha suscitado em mim alguns questionamentos sobre sua legitimidade como arte.

Fernando Velazquez - da série 'Mindscapes' 678, ed. 3, 2014 - impressão fotográfica em metacrilato - Zipper Galeria - Foto: Simone Catto.

Daniel Escobar - 'The World' - recorte sobre guias de viagem - Zipper Galeria - Foto: Simone Catto

Na SP-Arte 2014 não poderiam faltar, também, Adriana Varejão e Beatriz Milhazes, embora tenha notado uma ausência maior desta última em relação à edição do ano passado.

Uma colagem de Beatriz Milhazes - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Adriana Varejão - 'Pele' (1996) - óleo e poliretano s/ tela - Paulo Kuczynski Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Achei as obras a seguir extremamente interessantes pelo formato inusitado. A escultura de Nick Van Woert, particularmente, é de uma dramaticidade impressionante. Belíssima!

Obra de Daniel Arsham - Baró Galeria - Foto: Simone Catto

E aqui temos um casal enlaçado para a eternidade!
Nick Van Woert - sem título (2014) - estátua de fiberglass e plástico de uretano
pigmentado - Galeria Yvon Lambert - Paris - Foto: Simone Catto

E acredite se quiser: as singelas borboletas a seguir são do polêmico Damien Hirst, bem como a comportada composição abstrata da sequência. Dá para acreditar que se trata do mesmo artista que vende animais mortos dentro de aquários por milhões de dólares? Neste caso (cá entre nós), louco não é quem vende, mas quem compra! Prefiro as borboletas pintadas do que os tubarões mortos.

Damien Hirst - Arteedições Galeria - Foto: Simone Catto

Damien Hirst - 'Shattered' (algo como 'Despedaçado' (1912-13) - lâminas de bisturi e pintura
em alumínio - Galeria White Cube - Foto: Simone Catto

As próximas obras atraíram meu olhar pelo colorido exuberante e lo bom gosto da composição.

Paulo Climachauska - Lurixs: arate contemporânea - RJ - Foto: Simone Catto

José Patrício - Galeria Amparo 60 - Recife - Foto: Simone Catto

Ian Davenport - 'Puddle - Painting: Red' (a tradução quer dizer algo como: 'Lamaçal -
Pintura: Vermelho') - acrílica s/ alumínio - Dan Contemporânea - Foto: Simone Catto

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Feira SP-Arte 2014. Arte para todos os gostos e alguns bolsos.

Uma visita à feira SP-Arte, que é realizada anualmente e foi encerrada domingo dia 6 em São Paulo, é obrigatória para todo mundo que deseja adquirir arte, seja por gosto ou por investimento, ou simplesmente quer ficar por dentro do que as galerias têm a oferecer por aí. Passear pelos corredores do Pavilhão Ciccillo Matarazzo (o prédio da Bienal) para observar as obras dispostas nos stands enfileirados, com suas diferentes cores, formatos, técnicas e origens, é um deleite para os olhos e uma experiência bem divertida - pelo menos para mim! A exemplo do que ocorreu no ano passado, devo dizer que vi coisas muito interessantes  nesta edição de 2014. Notei, também, um maior número de estrangeiros circulando pelos corredores.

Essa obra da Regina Silveira, bem interessante, estava "estacionada" logo à entrada da feira. Era, sem dúvida, o primeiro
trabalho que todos visualizavam logo ao entrar. Por isso, tornou-se, a meu ver, uma espécie de ícone da SP-Arte 2014.
Foto: Simone Catto

A feira cresceu em número de expositores, saltando de 122 galerias, no ano passado, para 136 galerias de 17 países, este ano, sendo 78 brasileiras e 58 estrangeiras. Vi obras dos onipresentes mestres Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila, entre tantos outros, e desta vez chamou minha atenção a quantidade de trabalhos de Volpi e Pancetti espalhados pelos mais diversos stands. Onde quer que eu olhasse via uma bandeirinha de Volpi ou uma indefectível marinha de Pancetti. Algumas das obras expostas exibiam apenas o nome do artista, sem indicação de título, técnica e data.


Victor Brecheret - 'O Guerreiro' - Foto: Simone Catto
Note o Volpi ao fundo!

Neste primeiro post sobre a feira, selecionei trabalhos de alguns modernistas e outros mestres consagrados, brasileiros e estrangeiros, dentre tantos que me atraíram de maneira especial. Vamos a eles!

Olhe ele aí: Cândido Portinari - 'Casal de Noivos' (1955) - óleo s/ tela
Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Infelizmente, a imagem dos créditos dessa obra de Cícero Dias saiu fora de foco.
Faz parte do acervo da Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte.
Foto: Simone Catto

Essa obra de Flavio de Carvalho tem um colorido espetacular! Chama-se Mulheres' (1952) -
óleo s/ tela - Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte
Foto: Simone Catto

Lasar Segall - 'Le Mendiant Aveugle' ('O Mendigo Cego') (1944) - óleo s/ tela
Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte
Foto: Simone Catto

José Pancetti - 'Itapoan - Bahia' (1953) - óleo s/ tela - Paulo Kuczynski Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Aqui temos uma Tarsila do Amaral ainda comportada: 'Vaso com Rosas' (1919) - crayon s/ papel
Paulo Kuczynsky Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

E agora, uma Tarsila mais próxima daquela que conhecemos, em uma obra realizada mais de 30 anos após a anterior:
'Formação'
(1952) - óleo s/ tela - 
Paulo Kuczynsky Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Belo exemplar de Eliseu Visconti, o maior mestre do Impressionismo brasileiro:
'A Convalescente' (1986) - óleo s/ tela - Paulo Kuczynsky Galeria de Arte
Foto: Simone Catto

Flavio de Carvalho e seu colorido exuberante: 'Paisagem Mental' (1955) - óleo s/ tela 
A Ponte Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Um singelo e belo Cícero Dias - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Um dado curioso é que algumas obras que vi e fotografei no ano passado estavam novamente presentes este ano, à espera de compradores. Renoir e Picasso também enfeitaram as paredes e deleitaram nossos espíritos na feira, como você pode ver a seguir.

Pierre-Auguste Renoir - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Pablo Picasso - 'Homme et Femme' (1969) - lápis e giz de cera s/ papel
Mayoral Galeria d'Art - Barcelona - Foto: Simone Catto

Paul Klee - Galerie Natalie Seroussi - Paris - Foto: Simone Catto

Roy Lichetenstein - 'Water Lilacs with Japanese Bridge' - técnica mista
Gagosian Gallery - New York - Foto: Simone Catto

A entrada para a SP-Arte 2014 custou R$ 40,00, um valor longe de ser "popular", possivelmente para selecionar o público visitante e atrair, sobretudo, o perfil que interessava: potenciais compradores, já que o objetivo da feira é majoritariamente comercial. O que é inadmissível é a cobrança de extorsivos R$ 5,00 por uma garrafinha de água Minalba. Sim, era esse o valor cobrado dentro da feira pela garrafa pequena de água mineral - um abuso. Tudo bem estipular um preço de bilheteria mais alto para selecionar o público com poder de compra para adquirir obras de arte, mas cobrar R$ 5,00 por uma garrafinha de água mineral é no mínimo um desrespeito para com os visitantes, por maior que seja seu poder aquisitivo. Em outras palavras: o fato de uma pessoa ser rica não confere aos outros o direito de espoliá-la, concorda? 

Bem, essa foi uma pequena amostra do que vi na SP Arte deste ano. Aguarde, nos próximos posts, mais imagens das obras que vi por lá!