quarta-feira, 17 de abril de 2013

Conhecer? Comprar? Admirar? Veja por que a feira SP-Arte tornou-se imperdível.

Para quem gosta de arte e quer ficar por dentro do que está sendo comercializado por aí, a feira SP-Arte, realizada desde 2005 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Pavilhão da Bienal), no Ibirapuera, é sempre uma boa pedida. E lá fui eu conferir mais uma edição, que desta vez aconteceu de 4 a 7 de abril, reuniu 122 galerias e também apresentou uma programação de exposições paralelas, palestras e outras atividades.

Quando cheguei, ao meio-dia, a bilheteria havia acabado de abrir - Foto: Simone Catto

Embora o objetivo da feira seja puramente comercial, minha intenção não era especular preços ou comprar, mas sim avaliar o que está sendo produzido e oferecido ao mundo em termos de arte. A esmagadora maioria dos expositores era constituída de galerias de arte brasileiras, embora o evento tenha abrigado representantes de 15 países. Havia de tudo um pouco, mas deu para sentir que a arte figurativa ainda é a que mais atrai o público em geral.

Logo ao entrar, deparei-me com um grupo de galerias, a maioria enfileirada do lado direito. Ao circular entre elas e observar suas obras, entendi o porquê da localização privilegiada e logo deduzi que eram as 'vedetes do pedaço': todas exibiam belos exemplares de artistas há muito consagrados, como Di Cavalcanti, Portinari, Anita Malfatti, Volpi, Vicente do Rêgo Monteiro e Iberê Camargo, entre outros, ao lado de obras de representantes de gerações mais novas, como a festejada Beatriz Milhazes e o saudoso Jorge Guinle.

Na Galeria Ipanema, do Rio de Janeiro, a grande obra de Beatriz Milhazes imediatamente saltava aos olhos.
 Foto: Simone Catto

E a lista de 'monstros sagrados' ia ainda mais longe: obras de Guignard, Pancetti, Lasar Segall, Brecheret, Ismael Nery, Milton Dacosta, Cícero Dias, Hélio Oiticica, Maria Leontina, Cildo Meirelles e Tomie Ohtake também marcaram presença por lá em meio a uma infinidade de artistas contemporâneos e até alguns 'Picassos' aqui e acolá. Vale ressaltar que algumas obras não apresentavam título nem data, apenas o nome do autor. 

Não pude deixar de notar, também, o expressivo número de obras da dobradinha de venezuelanos Jesús Soto e Carlos Cruz-diez, legítimos representantes da chamada 'arte ótica'. Não tirei fotos porque a graça dessas obras reside justamente na observação ao vivo de seus efeitos óticos, de forma que perderia o sentido contemplá-las em outro suporte que não fosse em 3D.

Portanto, vou compartilhar aqui as imagens de apenas algumas obras dentre as muitas que chamaram minha atenção na feira, já que o catálogo, vendido a R$ 40,00, apresentava apenas uma obra de cada galeria expositora e, dentre essas, poucas me interessaram.

Vamos começar, então, com algumas obras da Galeria Steiner, de São Paulo, que era uma das "estrelas" que estavam bem próximas à entrada e realmente tinha coisas muito bonitas.

Iberê Camargo - 'Três Modelos' (1985) - Galeria Steiner - Foto: Simone Catto
  
Ismael Nery - 'Autorretrato' (1928) - Galeria Steiner - Achei esses olhos particularmente 
assustadores! - Foto: Simone Catto

Di Cavalcanti (1940) - Galeria Steiner - Foto: Simone Catto

Alfredo Volpi - 'Retrato de Eugênia' (1951) - Galeria Steiner - Foto: Simone Catto

Na carioca Athena Galeria de Arte topei com Beatriz Milhazes e alguns exemplares do talentoso Jorge Guinle, precocemente falecido. E de repente, no meio de todos aqueles artistas brasileiros, não é que me deparo com um belíssimo Marc Chagall perdido por ali?! Um encanto de pintura.

Jorge Guinle e uma de suas belas e exuberantes composições.
Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto 

Mais uma obra de Guinle, da mesma galeria - Foto: Simone Catto

Beatriz Milhazes e seu inconfundível colorido caleidoscópico também era um dos destaques
da Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto 

Vicente do Rêgo Monteiro - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Um circo de Marc Chagall, simplesmente encantador! - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Como tirei fotos em muitas galerias, vou distribui-las também por outros posts porque este não comportaria todas - sem falar, é claro, que a leitura ficaria um tanto cansativa.

Contudo, não posso deixar de dizer que gostaria de ter tirado muito mais fotos, dada a quantidade de obras interessantes que vi na feira. No entanto, eu precisava escolher: ou admirava as obras ou ficava tirando fotos! Aí não dá, né?

4 comentários:

  1. Si, parabéns pelo blog. Voce está expert nas fotos, comentários, dicas, imagens, etc...leitura bacana e informativa para todos os gostos ! bjs

    ResponderExcluir
  2. Super obrigada, Dedé! Fico feliz que uma pessoa tão culta e especial como você tenha gostado. Na realidade, esse blog existe porque, em minha opinião, de nada vale a cultura e o conhecimento se não pudermos compartilhá-los com outras pessoas, não é mesmo? Beijo grande!

    ResponderExcluir
  3. Can you understand English?
    I am interested in Beatriz Milhazes.So I need an information about her.But I can't reed Portugese...
    I want to watch her paint.and I want to buy her art,of cause a copy.

    ResponderExcluir
  4. Helo sana,
    You can contact one of the art galleries that exhibited Beatriz Milhazes' works at SP-Arte, such as Dan Galeria, in São Paulo (www.dangaleria.com.br), and Athena Galeria de Arte, in Rio de Janeiro (www.athenagaleriadearte.com). Both sites have English versions.
    Good luck!

    ResponderExcluir