quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fazenda Nossa Senhora da Conceição. A delícia de um almoço farto em meio à história e à natureza.

Fim de semana, 31ºC em Sampa e aquela vontade louca de dar uma de minhas escapadas "estratégicas". Companhia eu já tinha, e das melhores. E lá fomos nós para a Fazenda Nossa Senhora da Conceição, localizada a cerca de uma hora de São Paulo, no município de Jundiaí.

A vista ao chegar... já gostei! - Foto: Simone Catto

"Onde está Wally"? rs - Foto: acervo pessoal

Com mais de 200 anos de história e 30 mil metros quadrados de muito verde, a fazenda está inserida em uma bela paisagem. De cara topamos com um grande lago, um playground, algumas casinhas rústicas adoráveis e o agradável restaurante 'Dona Maria Helena', enorme e arejado.

Foto: Simone Catto

Foto: Simone Catto
 
Foto: Simone Catto

O restaurante tem três ambientes: um mais fechado, porém bem amplo, uma área externa também grande e um outro espaço externo menor, com vista para o lago e para um belo caramanchão com bancos para as pessoas sentarem.

O amplo e arejado salão externo do restaurante - Foto: Simone Catto

Slow Food é comigo mesmo! - Foto: Simone Catto
A ideia era almoçar, mas, como chegamos cedo para aproveitar o passeio, primeiro fomos explorar a fazenda. Caminhando por ali, descobrimos uma belíssima mansão que, em algum momento, deve ter sido residência de um dos proprietários da fazenda. No pé da escadaria em frente à piscina, esculpido no concreto, estava o ano da construção do imóvel: 1904.

Aparentemente, a casa está muito bem conservada. Ao nos aproximarmos, conseguimos olhar através dos vidros e vimos uma salinha montada com biblioteca e tudo, como se morasse alguém ali. Até TV de plasma havia. Outro ambiente que espiamos através da janela tinha várias fotografias e retratos na parede, bengalas antigas e outros apetrechos. A casa é, na realidade, um museu. Só não sei por que cargas d’água estava fechada em pleno domingo de sol. Uma pena.



O casarão é bonito e imponente - Foto: Simone Catto

A piscina em frente à casa estava bem cuidada - Foto: Simone Catto
 
E aqui, a data de construção daquela maravilha! - Foto: Simone Catto

Vimos algumas hortas espalhadas aqui e ali, alguns bichinhos e, em vários pontos do imenso terreno, máquinas e apetrechos antigos usados nas várias etapas do cultivo do café, tudo devidamente sinalizado. Descobri que em seus primórdios, em 1810, a fazenda produzia cana-de-açúcar, mas, a partir de 1860, o café passou a ser a bola da vez. Vale lembrar que, inicialmente, a mão-de-obra era escrava. Em 1882, chegaram os primeiros imigrantes italianos para trabalhar nas lavouras cafeeiras de lá, introduzindo também a viticultura, uma bela – e muito bem-vinda! - tradição de seu país natal.

A horta de onde saem as verduras fresquinhas diretamente para
nossas saladas - Foto: Simone Catto

E pelo meio do caminho, achamos um amiguinho - Foto: Simone Catto

Um despolpador usado, muito provavelmente, no processo de
beneficiamento do café - Foto: Simone Catto

A fazenda tem uma graciosa capelinha que, infelizmente, também estava fechada e não pudemos conhecê-la. Há também um "Museu do Café", que, adivinhe... estava fechado! Queria entender o porquê de estar tudo fechado.

Adoraria ter entrado na capelinha, mas quem disse que estava aberta?
Foto: Simone Catto

O site da fazenda diz que o local oferece passeios de trator e charrete, trilhas e também um passeio cultural monitorado nos fins de semana e feriados que passa pelos cafezais, museu, capela, senzala e outras atrações, incluindo explicações sobre o maquinário de beneficiamento, moagem e torrefação de café. Fiquei curiosa para fazer o passeio, mas... não havia qualquer monitor ou instrutor para nos conduzir! De tudo isso, vimos apenas o trator puxando um minitrenzinho com famílias e crianças.

Na hora de almoçar, optamos pelo espaço com vista para o lago, mais fresquinho e agradável – fazia um sol de rachar coco! O restaurante é rústico e simples, daqueles lugares onde a gente sente uma imensa paz.

Foi neste salão que almoçamos... uma delícia! - Foto: Simone Catto

A foto saiu meio fora de foco, mas dá para ver que a porção da salada
de rúcula e linguiça caseira é generosa (23,50) - Foto: Simone Catto
A comida, servida à la carte, é farta, gostosa e, segundo o site, preparada em fogão a lenha. Também achei o atendimento muito bom - nossa mesa foi atendida por dois rapazes rápidos, atenciosos e gentis. Para começar, pedimos uma salada de rúcula e linguiça caseira. A linguiça eu passo, mas a rúcula tracei quase toda para forrar o estômago. Estava superfresquinha, diretamente da horta da fazenda!De início, pedi um suco natural porque estava com sede. Mas tão logo o suco terminou, eu não iria dispensar minha tradicional caipirinha de limão, claro! Perguntei ao garçom e ele disse que a cachaça disponível na ocasião era a 'Morro Azul'. Gostei!

A caipirinha de cachaça 'Morro Azul' caiu superbem! (R$ 13,80)
Foto: Simone Catto
O cardápio é bem variado, com feijoada, tutu de feijão, frango da roça, moqueca de cação, picanha e muitos outros pratos caseiros à base de carnes, peixes e frango. Para quem preferir, há porções separadas também – de linguiça, tutu, frituras e outras. Optamos pelo filé mignon para uma pessoa. Sim, os pratos para um servem tranquilamente três bocas famintas! Basta dizer que vieram três enormes bifes de um macio filé mignon acompanhado de generosas porções de arroz, feijão, salada, uma minifarofinha, vinagrete e uma fritura que pode ser batata frita, polenta, mandioca ou então meio a meio. Optamos por meia batata e meia mandioca. Estava tudo uma delícia! Como não gostar de uma comida caseira, farta, gostosa e ainda por cima saboreada em meio a uma paisagem de fazenda? Tudo de bom! Como já seria de se esperar, sobrou muita coisa que, naturalmente, mandamos embalar para viagem.

Além de tudo isso, ainda havia a salada! "Benza Deus!", como diria
minha avó... Tudo isso custou apenas R$ 54,00 - Foto: Simone Catto
Nem preciso dizer que, àquela altura do campeonato, nem passou pela nossa cabeça pedir uma das sobremesas que priorizam doces caseiros como doce de leite, doce de mamão, banana flambada com sorvete e outras delícias que ficarão para uma próxima vez. Por incrível que pareça, o único item que deixou a desejar foi, ironicamente, ele... o cafezinho! Sim, justo em uma fazenda cafeeira! O café, de coador, foi cortesia, mas é bom que o pessoal comece a caprichar para não envergonhar a fazenda. Vamos ver em uma próxima visita!

Se você, como eu, costuma dar umas fugidas energizantes no fim de semana, dê um pulo lá na FAZENDA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO para almoçar. O restaurante funciona aos sábados, domingos e feriados das 11h30 às 15h30, mas não aceita cartões, somente dinheiro ou cheque. A fazenda fica à Rod. Constâncio Cintra, km 72,5 – Jundiaí. No site há um mapa, mas ele está meio desatualizado: a estrada que dá para a fazenda está com um longo trecho de obras e é preciso ficar atento para não perder a entradinha que dá para a estrada de terra, ao lado do Motel 72. Tel.: (11) 4535-1341. www.fnsc.com.br. Adorei!

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