segunda-feira, 14 de abril de 2014

Feira SP-Arte 2014. Arte para todos os gostos e alguns bolsos.

Uma visita à feira SP-Arte, que é realizada anualmente e foi encerrada domingo dia 6 em São Paulo, é obrigatória para todo mundo que deseja adquirir arte, seja por gosto ou por investimento, ou simplesmente quer ficar por dentro do que as galerias têm a oferecer por aí. Passear pelos corredores do Pavilhão Ciccillo Matarazzo (o prédio da Bienal) para observar as obras dispostas nos stands enfileirados, com suas diferentes cores, formatos, técnicas e origens, é um deleite para os olhos e uma experiência bem divertida - pelo menos para mim! A exemplo do que ocorreu no ano passado, devo dizer que vi coisas muito interessantes  nesta edição de 2014. Notei, também, um maior número de estrangeiros circulando pelos corredores.

Essa obra da Regina Silveira, bem interessante, estava "estacionada" logo à entrada da feira. Era, sem dúvida, o primeiro
trabalho que todos visualizavam logo ao entrar. Por isso, tornou-se, a meu ver, uma espécie de ícone da SP-Arte 2014.
Foto: Simone Catto

A feira cresceu em número de expositores, saltando de 122 galerias, no ano passado, para 136 galerias de 17 países, este ano, sendo 78 brasileiras e 58 estrangeiras. Vi obras dos onipresentes mestres Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila, entre tantos outros, e desta vez chamou minha atenção a quantidade de trabalhos de Volpi e Pancetti espalhados pelos mais diversos stands. Onde quer que eu olhasse via uma bandeirinha de Volpi ou uma indefectível marinha de Pancetti. Algumas das obras expostas exibiam apenas o nome do artista, sem indicação de título, técnica e data.


Victor Brecheret - 'O Guerreiro' - Foto: Simone Catto
Note o Volpi ao fundo!

Neste primeiro post sobre a feira, selecionei trabalhos de alguns modernistas e outros mestres consagrados, brasileiros e estrangeiros, dentre tantos que me atraíram de maneira especial. Vamos a eles!

Olhe ele aí: Cândido Portinari - 'Casal de Noivos' (1955) - óleo s/ tela
Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Infelizmente, a imagem dos créditos dessa obra de Cícero Dias saiu fora de foco.
Faz parte do acervo da Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte.
Foto: Simone Catto

Essa obra de Flavio de Carvalho tem um colorido espetacular! Chama-se Mulheres' (1952) -
óleo s/ tela - Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte
Foto: Simone Catto

Lasar Segall - 'Le Mendiant Aveugle' ('O Mendigo Cego') (1944) - óleo s/ tela
Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte
Foto: Simone Catto

José Pancetti - 'Itapoan - Bahia' (1953) - óleo s/ tela - Paulo Kuczynski Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Aqui temos uma Tarsila do Amaral ainda comportada: 'Vaso com Rosas' (1919) - crayon s/ papel
Paulo Kuczynsky Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

E agora, uma Tarsila mais próxima daquela que conhecemos, em uma obra realizada mais de 30 anos após a anterior:
'Formação'
(1952) - óleo s/ tela - 
Paulo Kuczynsky Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Belo exemplar de Eliseu Visconti, o maior mestre do Impressionismo brasileiro:
'A Convalescente' (1986) - óleo s/ tela - Paulo Kuczynsky Galeria de Arte
Foto: Simone Catto

Flavio de Carvalho e seu colorido exuberante: 'Paisagem Mental' (1955) - óleo s/ tela 
A Ponte Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Um singelo e belo Cícero Dias - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Um dado curioso é que algumas obras que vi e fotografei no ano passado estavam novamente presentes este ano, à espera de compradores. Renoir e Picasso também enfeitaram as paredes e deleitaram nossos espíritos na feira, como você pode ver a seguir.

Pierre-Auguste Renoir - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto

Pablo Picasso - 'Homme et Femme' (1969) - lápis e giz de cera s/ papel
Mayoral Galeria d'Art - Barcelona - Foto: Simone Catto

Paul Klee - Galerie Natalie Seroussi - Paris - Foto: Simone Catto

Roy Lichetenstein - 'Water Lilacs with Japanese Bridge' - técnica mista
Gagosian Gallery - New York - Foto: Simone Catto

A entrada para a SP-Arte 2014 custou R$ 40,00, um valor longe de ser "popular", possivelmente para selecionar o público visitante e atrair, sobretudo, o perfil que interessava: potenciais compradores, já que o objetivo da feira é majoritariamente comercial. O que é inadmissível é a cobrança de extorsivos R$ 5,00 por uma garrafinha de água Minalba. Sim, era esse o valor cobrado dentro da feira pela garrafa pequena de água mineral - um abuso. Tudo bem estipular um preço de bilheteria mais alto para selecionar o público com poder de compra para adquirir obras de arte, mas cobrar R$ 5,00 por uma garrafinha de água mineral é no mínimo um desrespeito para com os visitantes, por maior que seja seu poder aquisitivo. Em outras palavras: o fato de uma pessoa ser rica não confere aos outros o direito de espoliá-la, concorda? 

Bem, essa foi uma pequena amostra do que vi na SP Arte deste ano. Aguarde, nos próximos posts, mais imagens das obras que vi por lá!

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