Uma visita à feira
SP-Arte, que é realizada anualmente e foi encerrada domingo dia 6 em São
Paulo, é obrigatória para todo mundo que deseja adquirir arte, seja por gosto
ou por investimento, ou simplesmente quer ficar por dentro do que as galerias
têm a oferecer por aí. Passear pelos corredores do Pavilhão Ciccillo Matarazzo
(o prédio da Bienal) para observar as obras dispostas nos stands enfileirados,
com suas diferentes cores, formatos, técnicas e origens, é um deleite para os
olhos e uma experiência bem divertida - pelo menos para mim! A exemplo do que ocorreu no
ano passado, devo dizer que vi coisas muito interessantes nesta edição
de 2014. Notei, também, um maior número de estrangeiros circulando pelos
corredores.
A feira cresceu em número de expositores, saltando de 122 galerias, no ano passado, para 136 galerias de 17 países, este ano, sendo 78 brasileiras e 58 estrangeiras. Vi obras dos onipresentes mestres Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila, entre tantos outros, e desta vez chamou minha atenção a quantidade de trabalhos de Volpi e Pancetti espalhados pelos mais diversos stands. Onde quer que eu olhasse via uma bandeirinha de Volpi ou uma indefectível marinha de Pancetti. Algumas das obras expostas exibiam apenas o nome do artista, sem indicação de título, técnica e data.
A feira cresceu em número de expositores, saltando de 122 galerias, no ano passado, para 136 galerias de 17 países, este ano, sendo 78 brasileiras e 58 estrangeiras. Vi obras dos onipresentes mestres Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila, entre tantos outros, e desta vez chamou minha atenção a quantidade de trabalhos de Volpi e Pancetti espalhados pelos mais diversos stands. Onde quer que eu olhasse via uma bandeirinha de Volpi ou uma indefectível marinha de Pancetti. Algumas das obras expostas exibiam apenas o nome do artista, sem indicação de título, técnica e data.
Victor Brecheret - 'O Guerreiro' - Foto: Simone Catto Note o Volpi ao fundo! |
Neste primeiro post sobre a feira, selecionei trabalhos de alguns modernistas e outros mestres consagrados,
brasileiros e estrangeiros, dentre tantos que me atraíram de maneira
especial. Vamos a eles!
Olhe ele aí: Cândido Portinari - 'Casal de Noivos' (1955) - óleo s/ tela Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Galeria de Arte - Foto: Simone Catto |
Infelizmente, a imagem dos créditos dessa obra de Cícero Dias saiu fora de foco. Faz parte do acervo da Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte. Foto: Simone Catto |
Essa obra de Flavio de Carvalho tem um colorido espetacular! Chama-se Mulheres' (1952) - óleo s/ tela - Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte Foto: Simone Catto |
Lasar Segall - 'Le Mendiant Aveugle' ('O Mendigo Cego') (1944) - óleo s/ tela Almeida e Dale Galeria de Arte / Hilda Araujo Escritório de Arte Foto: Simone Catto |
José Pancetti - 'Itapoan - Bahia' (1953) - óleo s/ tela - Paulo Kuczynski Galeria de Arte - Foto: Simone Catto |
Aqui temos uma Tarsila do Amaral ainda comportada: 'Vaso com Rosas' (1919) - crayon s/ papel Paulo Kuczynsky Galeria de Arte - Foto: Simone Catto |
Belo exemplar de Eliseu Visconti, o maior mestre do Impressionismo brasileiro: 'A Convalescente' (1986) - óleo s/ tela - Paulo Kuczynsky Galeria de Arte Foto: Simone Catto |
Flavio de Carvalho e seu colorido exuberante: 'Paisagem Mental' (1955) - óleo s/ tela A Ponte Galeria de Arte - Foto: Simone Catto |
Um singelo e belo Cícero Dias - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto |
Um dado curioso é que algumas obras que vi e fotografei no ano
passado estavam novamente presentes este ano, à espera de compradores. Renoir e
Picasso também enfeitaram as paredes e deleitaram nossos espíritos na feira, como você pode ver a seguir.
Pierre-Auguste Renoir - Athena Galeria de Arte - Foto: Simone Catto |
Pablo Picasso - 'Homme et Femme' (1969) - lápis e giz de cera s/ papel Mayoral Galeria d'Art - Barcelona - Foto: Simone Catto |
Paul Klee - Galerie Natalie Seroussi - Paris - Foto: Simone Catto |
Roy Lichetenstein - 'Water Lilacs with Japanese Bridge' - técnica mista Gagosian Gallery - New York - Foto: Simone Catto |
A entrada para a SP-Arte
2014 custou R$ 40,00, um valor longe de ser "popular", possivelmente para
selecionar o público visitante e atrair, sobretudo, o perfil que interessava:
potenciais compradores, já que o objetivo da feira é majoritariamente
comercial. O que é inadmissível é a cobrança de extorsivos R$ 5,00 por uma
garrafinha de água Minalba. Sim, era esse o valor cobrado dentro da feira pela
garrafa pequena de água mineral - um abuso. Tudo bem estipular um preço de
bilheteria mais alto para selecionar o público com poder de compra para
adquirir obras de arte, mas cobrar R$ 5,00 por uma garrafinha de água
mineral é no mínimo um desrespeito para com os visitantes, por maior que seja
seu poder aquisitivo. Em outras palavras: o fato de uma pessoa ser rica não confere
aos outros o direito de espoliá-la, concorda?
Bem, essa foi uma pequena amostra do que vi na SP Arte deste
ano. Aguarde, nos próximos posts, mais imagens das obras que vi por lá!
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