Há algumas coisas que realmente me dão prazer nessa vida, como
tomar um bom vinho e aprender algo novo. Quando consigo juntar ambas, então, tenho
o melhor dos mundos! E assim fui parar em mais uma aula sobre vinhos,
desta vez no Empório Adega Pelotas,
na Vila Mariana.
O Empório Adega Pelotas, local do curso - Foto: Simone Catto |
Nosso professor foi o jovem e simpático sommelier francês Guillaume Turbat, da distribuidora e
escola Chez France, que nos desvendou alguns mistérios dos tintos e brancos da
região de Bourgogne, classificados
entre os melhores do mundo por sua constância de qualidade, sutileza e elegância.
É realmente impressionante como um pedaço de terra relativamente
pequeno – cerca de 175 km² – possa conter tanta
complexidade de terroirs. Vale
reforçar que os terroirs são definidos pelas características dos climats (também conhecidos como lieux-dits, parcelas delimitadas de solo
com condições geológicas e geográficas específicas) e pelo modo de cultivo pelo
homem. Extremamente fragmentada, a região tem mais de 100 AOC, (Appellation
d’Origine Contrôlée), cerca de 28.000 hectares de vinhedos e aproximadamente
3.800 vinícolas, sendo que só 20% possuem mais de 20 hectares. A mundialmente
famosa Domaine de la Romanée-Conti,
por exemplo, tem menos de 0,8 hectares, acredite! Sim, a Bourgogne é totalmente "fatiada", por assim dizer.
Nosso professor, Guillaume Turbat, a postos para iniciar a aula que teve uma deliciosa degustação de vinhos borgonheses - Foto: Simone Catto |
Guillaume nos explicou que tamanha complexidade e diversidade têm
origem lá atrás, na Idade Média, quando os monges beneditinos começaram a
cultivar as vinhas e iniciaram essa hierarquização do solo até o século XI. Quatro
séculos mais tarde, os Duques de Bourgogne, que tinham preferência pelas uvas
Chardonnay e Pinot Noir, intensificaram o cultivo dessas cepas, dando origem a
uma tradição que se tornou característica da Bourgogne: quase a totalidade dos
vinhos tintos produzidos lá são feitos somente com uva Pinot Noir, e quase
todos os brancos levam apenas a Chardonnay.
Em nossa aula, tivemos a oportunidade de degustar dois vinhos
brancos e três tintos. Dos brancos, destaco o delicioso Chablis do Domaine
Maurice Lecestre, safra 2012, fresco e cheio de personalidade. Entre os
tintos, meu preferido foi o Domaine Yves Girardin Santenay – 1er Cru La
Maladière, safra 2011, com um toque de frutas vermelhas e
saborosíssimo. Para quem quisesse levar algum para casa, todos os rótulos degustados
estavam disponíveis na Adega por preços que variavam entre R$ 70,00 e R$ 159,00.
A
próxima aula no EMPÓRIO ADEGA PELOTAS, também ministrada por Guillaume Turbat, abordará
champanhes e espumantes e será realizada no dia 8 de novembro (sábado), das
10h30 às 12h30. Se você também aprecia o prazer e a delicadeza da bebida mais festiva do mundo, vale a pena
participar! A aula custa R$ 130,00 e o endereço é Rua Pelotas, 299F - Vila Mariana. Tels.: 3744-8860
/ 5082-5106 – www.adegapelotas.com.br. Tim-tim!
Parabéns, muito bem elaborado!
ResponderExcluirObrigada! :)
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