quinta-feira, 7 de junho de 2012

Olaria Bar. Samba, caipirinha e feijoada em clima de festa.

Eu nunca havia ouvido falar do Olaria até ser convidada para um aniversário na tarde do sábado passado. E lá fui eu. Foi difícil encontrar lugar para estacionar na rua Apeninos – o bar fica nessa rua do Paraíso, em frente a uma unidade da UNIP. Imagino que, durante a semana, deva ficar cheio de estudantes (aliás, boa parte da moçada está 'enchendo a cara' logo cedo, o que é assustador... ). No prédio da UNIP há um estacionamento, melhor largar o carro lá.




O bar estava lotado de gente de todas as idades. Nas calçadas, o pessoal mais novo. E lá dentro, as pessoas se acotovelavam no balcão ou circulavam por entre as mesas cheias. E olhe que o lugar é grande!

Foto: Simone Catto

Creio que o motivo da muvuca esteja na feijoada e no samba que rolam por lá aos sábados. É isso mesmo. Procurei o site do bar para conferir os gêneros de música tocados nos outros dias, mas estava fora do ar. No entanto, já sei que, aos sábados, tem samba dos bons. E veja bem: não estou falando daquela praga nacional chamada 'pagode' (irc!!), mas de coisa boa, mesmo, samba de qualidade.

E por falar em 'samba de qualidade', fomos brindados com uma canja da aniversariante, minha prima Sandrinha que, segundo soube, sempre aparece por lá e canta uns sambinhas. Sandra tem uma voz de bossa-nova, meio rouquinha, gostosa e afinadíssima. Não é para menos. O talento rola na veia, tá no DNA da moça. Filha do saudoso tio Oswaldo, músico autodidata, professor, exímio violonista que arrasava também no bandolim e no cavaquinho, Sandra cresceu rodeada de boa música. Suas fontes: Tom, Vinícius, Nara Leão, Chico Buarque, Pixinguinha, Cartola, Adoniran, Elis, Dalva de Oliveira e tantos outros que ouvia nas deliciosas reuniões em que seu pai e os amigos tocavam, improvisavam, tomavam cerveja e saboreavam os quitutes da tia Maria, a esposa e mãe que sempre acolheu a todos de braços e coração abertos.

Sandrinha dando show... - Foto: Simone Catto

Os músicos também mandaram bem! - Foto: Simone Catto 

Enquanto ouvia Sandrinha mandar brasa no samba, fiquei apreciando o espaço. O bar é bem amplo e agradável. Todo rústico, com móveis em madeira e tijolinhos à vista, tem vários ambientes em desníveis, com plantas e mil detalhes decorativos.

Foto: Simone Catto

Pedi uma caipirinha de Seleta, que estava muito boa, e uma porção de mandiocas fritas, que veio farta e preparada de forma diferente: era à milanesa, com uma casquinha crocante e deliciosa. Gostei da novidade. De quando em quando, o garçom passava com espetinhos variados. Peguei um de mozzarella que estava saboroso.

As mandiocas, preparadas de uma forma diferente da que eu conhecia até então. Gostei! - Foto: Simone Catto

A garçonete que nos atendeu, nova na casa, foi atenciosa e gentil. Os preços também são razoáveis. A conta de minha mesa deu R$ 66 (para duas pessoas) e incluiu dois couverts artísticos, minha caipirinha de Seleta, uma Stella Artois, uma água mineral, a porção de mandioca, o espetinho de mozzarella e mais os dez por cento do serviço.

Agora quero voltar ao Olaria em outro sábado, para experimentar a feijoada. E, de preferência, quando a Sandra estiver dando canja por lá! Anote o endereço e apareça: Rua Apeninos, 637 – Paraíso. Tel.: 3289-0822.

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