domingo, 3 de junho de 2012

'Alma María'. Tapas delicadas num décor que é a cara da Oscar Freire.

ATENÇÃO: INFELIZMENTE, ESTE ESTABELECIMENTO ENCERROU SUAS ATIVIDADES POUCO TEMPO APÓS A DATA DE MINHA VISITA - UMA PENA, PORQUE O LUGAR ERA EXCELENTE.

Os bares de tapas – que são restaurantes também – estão mesmo proliferando em Sampa. Notei que, em sua maioria, são lugares charmosos, com projetos arquitetônicos assinados por nomes estrelados e menus montados por especialistas – alguns, inclusive, "importados" da Espanha.

Domingo passado fui conhecer mais um deles, o Alma María, a convite de amigas queridas tão curiosas quanto eu para experimentar novas paisagens, aromas e sabores. Não por acaso, a casa está na Oscar Freire, ponto "in" por excelência e competência. O curioso é que, ultimamente, tenho passado muito por lá e sempre me perguntava que lugar era aquele com ar tão alegre, mesas ao ar livre e um grande balcão que dá para a gente avistar da rua. E não é que, por coincidência, justamente aquele lugar estava na lista de restaurantes que minhas amigas desejavam conhecer? A propósito, poucos dessa lista abrem aos domingos. Ponto para o Alma María!

Foto: www.almamaria.com.br 

A decoração modernosa, assinada por Arthur Casas (olhe o nome "estrelado", aí! rs), impressiona logo de início. O longo balcão (chamado de "barra" pelos espanhóis) à entrada é perfeito para quem quiser comer um montadito (tipo de bruschetta espanhola), experimentar alguns dos pintxos (pequenos aperitivos para se comer com palitos) ou apenas "tapear", isto é, beliscar tortillas, queijos, pan con tomate ou jamóns ibéricos.

O longo balcão onde se podem degustar as "tapas" - Foto: www.almamaria.com.br

Ao entrarmos, chama atenção a parede à direita, coberta por uma prateleira imensa que ocupa quase toda a sua extensão, indo de cerca de um metro do chão até o teto. Forrada de "víveres", essa prateleira-parede guarda vidros de azeite, de azeitona e de palmito, bem como caixas de maisena, livros e outras coisas que não deu para discernir o que eram, mas, suspeito, têm função meramente decorativa. 

Eu arriscaria dizer que a parede é 80% responsável pelo charme do décor do lugar.
Foto: Simone Catto

Blogueira metida a fazer arte moderna... rs... E aí? Vai pra Bienal ou não vai? rs
Foto: Simone Catto

A iluminação cria um clima acolhedor - Foto: Simone Catto

A casa tem quatro ambientes, cada um com cozinha própria e um teto de vidro que, durante o dia, deixa a luz natural entrar.

Foi neste ambiente que fiquei - Foto: Simone Catto

Foto: Simone Catto

O menu, típico espanhol, inclui tapas e pratos com toques modernos criados pelo chef catalão Tony Botella, que traz influências das regiões da Andaluzia, País Basco, Catalunha, Valência, Galícia e até das Ilhas Canárias. Para quem não conhece, tapas são pequenas porções de qualquer elaboração gastronômica que podemos comer com a mão, a qualquer hora, em pé junto à barra (balcão) ou então compartilhando com os amigos numa mesa tradicional. Podem preceder um prato principal ou então ser saboreadas sozinhas, como democráticos petiscos.

De acordo com o site do Alma María, o nome "tapas" tem origem no antigo costume espanhol de tapar os copos e cálices de vinho nas tabernas e bares com um pedaço de pão ou uma fatia de jamón, para evitar a queda de moscas ou sujeiras dentro. Vivendo e aprendendo!

Naquele dia preferimos ficar só nas tapas e experimentamos uma sucessão delas! Começamos com Gambas al Ajillo (camarões salteados com azeite aromatizado com alho e pimenta), Pulpo a la galega (polvo ao estilo de Galícia, sobre batata assada com Pimentón de la Vera) e as famosas Batatas Bravas (batatas coradas com molho picante e maionese suave). As tapas de camarões e de polvo são bem minúsculas, mas a de batatas é maior.

As Gambas al Ajillo - Foto: Simone Catto

Do Pulpo a la Galega vieram três unidades, mas... havia gente com muita fome à mesa!! rs... 
Foto: Simone Catto

Depois da primeira etapa, pedimos as Sardinas Marinadas en Cítricos e os Calamares Andaluza (anéis de lula fritos acompanhados de limão e maionese suave). Estavam ma-ra-vi-lho-sos! E para acompanhar tudo isso, tomamos uma jarra de sangria, que também estava ótima. Saldo final: tapas deliciosas, ambiente interessante, enfim... lá eu volto!

Os saborosos calamares, de consistência crocante e perfeita - Foto: Simone Catto

Quer "tapear" um pouco no Alma María? O endereço é R. Oscar Freire, 439 – Jardins. Tel.: (11) 3064-0047. Acesse o site e consulte, também, os preços do menu: www.almamaria.com.br. A casa abre de domingo a quinta-feira, das 12h às 24h, e sextas e sábados, das 12h à 1h. Olé!

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