"Eu podia ver uma tristeza nos olhos dela; ela tinha
aprendido a sorrir, dar risadas e fazer palhaçadas
mesmo com seu coração partido" (George Barris)
Já se falou tanto sobre Marilyn Monroe nesse mundo (e, quem sabe, em outros também...), que parece não restar mais nada a se falar ou mostrar sobre ela. No entanto, em algum momento e em algum lugar, alguém sempre descobre uma informação a mais, uma pose a mais ou um flagrante perdido no fundo do baú. É o caso da exposição Quero ser Marilyn Monroe, que estará até 1º de abril na Cinemateca Brasileira e marca os 50 anos da morte da diva.
Trata-se de uma oportunidade imperdível para os paulistanos, que terão o privilégio de descobrir novas facetas da atriz em mais de 100 fotos e algumas obras de arte, incluindo pinturas e colagens, que retratam Marilyn em diferentes situações: posando, descansando, festejando, feliz, melancólica, no set, em casa, em hotéis, só, acompanhada (e nem por isso menos solitária).
Willy Rizzo percebeu a tristeza de Marilyn nesta foto de 1952. |
"Pausa num quarto de hotel, Illinois" 1955 - Eve Arnold O fotógrafo conheceu Marilyn numa festa e permaneceu seu amigo até a morte dela. |
Marilyn em casa, ano de 1956. O autor da foto é desconhecido. |
Peter Blake, Cecil Beaton, Ed Feingersh e Ernst Haas são alguns dos mestres que marcam presença nas fotos da diva, ao lado de alguns trabalhos que viraram lenda. É o caso de Red Velvet Pose, de 1949, famosa série de Tom Kelley que posteriormente ilustrou a primeira edição da Playboy, em 1953. Neste ensaio, uma Marilyn muito jovem e ainda desconhecida posa nua, como uma autêntica pin-up, sobre um fundo de veludo vermelho. E assim, sem querer, torna-se a primeira coelhinha oficial da revista.
A diva por Tom Kelley: autêntica pin-up! |
E assim nasceu a primeira 'coelhinha' da PLayboy!... |
Entre os destaques, há um ensaio feito por Douglas Kirkland, que contava então com apenas 24 anos, em que uma Marilyn espontânea brinca com diferentes poses entre lençóis brancos.
Marilyn entre lençóis, 1961 - Foto: Douglas Kirkland |
Já no set de filmagem de 'Os Desajustados', derradeiro filme da atriz, Henri Cartier-Bresson capturou uma Marilyn com estado de espírito bem diferente: pensativa, distante e um tanto melancólica, o oposto da imagem radiante e glamourosa propagada em seu lindo sorriso pelo mundo afora.
Uma Marilyn triste no set de 'Os Desajustados', 1960 - Henri Cartier-Bresson (Ops... meu reflexo tirando a foto saiu no vidro...) |
Só uma mulher que sofreu muito poderia ser tão descrente do amor... |
E pelo jeito, Marilyn continua encantando gerações. Estive na Cinemateca no fim de semana e fiquei impressionada com a quantidade de gente bonita e descolada de todas as idades que foi conferir a exposição. É bom saber que, no meio desse público, também está uma parcela diferenciada da moçada que se interessa pela cultura e pelo cinema.
A mostra inclui a exibição de alguns filmes que têm a atriz como estrela ou coadjuvante, o que é uma excelente oportunidade para as gerações mais novas, que não conseguiram vê-la na televisão, conferirem Marilyn atuando. Veja a programação em www.cinemateca.org.br.
A Cinemateca Brasileira está no Largo Senador Raul Cardoso, 207, Ibirapuera (atrás no antigo Detran) – tel.: 3512-6111 – ramal 215. A exposição é gratuita, fica até 1º de abril e o horário é das 10h às 22h, todos os dias. Não perca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário