Há séculos eu não ia ao Lellis, um daqueles restaurantes que viraram "instituições paulistanas" por estarem aí há anos ou décadas atraindo gerações.
Essa semana estive lá para comemorar o aniversário de uma amiga e o lugar estava
cheio, apesar de ser uma quarta-feira. Todo mundo conhece, todo
mundo sabe que a comida é farta e todo mundo gosta – embora, verdade seja dita,
a fama que as cantinas italianas possuíam de oferecer refeições mais em conta não
se justifica mais: na Lellis Trattoria,
pelo menos, a "fartura" chegou também aos preços, que hoje se equiparam àqueles
praticados pela média do mercado. Mas isso não parece atrapalhar a paixão que
os paulistanos, com tantos descendentes de italianos, nutrem pelas cantinas,
com sua variedade gastronômica, sua alegria, seus garçons bonachões e, no caso
do Lellis, boa música romântica ao vivo com violino e acordeão. Sim, a música
era boa, e os músicos, dois simpáticos senhores, também tocavam bem. (Porque se
o som não fosse bom, quem me conhece sabe que isso seria motivo suficiente para
eu não retornar ao restaurante! Felizmente, não foi o caso - muito pelo contrário).
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Foto: Simone Catto |
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Foto: Simone Catto |
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Foto: Simone Catto |
Quando cheguei, dois amigos já estavam lá tomando
um cabernet sauvignon da Miolo. Provei, gostei e, quando o resto do pessoal
chegou, acabamos pedindo outra garrafa para a mesa toda. O couvert é típico das
cantinas italianas: bruschettas de alho e óleo, sardela, azeitonas pretas e berinjela
temperada. Tudo de boa qualidade.
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Foto: Simone Catto |
A maioria optou pelas massas, que podem ser individuais ou para
duas pessoas. Pedi uma porção individual do Penne Rigatte com funghi e um tipo de molho branco com parmesão, mas
veja a quantidade de comida que veio na travessa! Nem preciso dizer, é claro,
que deu também para outras pessoas experimentarem! (Rs.)
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O Penne Rigatte com Funghi e molho branco com parmesão: superfarto! - Foto: Simone Catto |
Entre várias canções românticas que fazem parte do repertório
dos ótimos músicos da casa, nós pedimos – e recebemos - "Fascinação", que ficou
linda no violino e no acordeão! Me emocionei...
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"Fascination"... lindo!!! - Foto: Simone Catto |
Para quem não sabe, a Lellis
Trattoria foi inaugurada há mais de trinta anos, em 1981, e não por acaso
tornou-se uma das cantinas mais tradicionais de Sampa. Tudo começou com João
Lellis, que foi para o Gigetto em 1964 trabalhar como faxineiro e galgou
todas as funções possíveis em um restaurante: passou para ajudante de cozinha,
cozinheiro, copeiro e, quando achou que já havia aprendido o suficiente, alçou
voos mais altos, passando a trabalhar em outras casas até abrir a sua. E a
julgar pela popularidade do restaurante, por sua qualidade e pelo amor dos paulistanos
pelas cantinas, ele deve permanecer aí por pelo menos mais trinta anos!
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Foto: Simone Catto |
Só para esclarecer: o Lellis da Al. Campinas não pertence à
família Lellis desde 1987 e possui um perfil diferente da cantina original, localizada
à Rua Bela Cintra. Atualmente, a Lellis Trattoria possui filiais também na
cidade de Campinas (SP) e Curitiba.
Se
você for turista, forasteiro, marciano e ainda não conhece a Lellis Trattoria,
anote o endereço: Rua Bela Cintra, 1.429. Tels.: 3064-2727 / 3062-7699. www.lellis.com.br.
Abre das 11h30 às 16h00 e das 19h à 01h, exceto sextas, sábados
e feriados, quando funciona das 11h30 às 02h, ininterruptamente.
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