Fonte: Marie-Amélie Blin - Le Figaro - publicado em 6/5/2016 às 14h11 e atualizado às 19h43 ! Tradução e adaptação: Simone Catto
O que você faria se comprasse um quadro de segunda mão no Mercado Livre e descobrisse que pudesse se tratar de uma pintura de Renoir? Foi mais ou menos isso o que aconteceu com Ahmed Ziane, um mecânico desempregado de 50 anos que mora na região de Villeurbanne, perto da cidade de Lyon, na França.
O que você faria se comprasse um quadro de segunda mão no Mercado Livre e descobrisse que pudesse se tratar de uma pintura de Renoir? Foi mais ou menos isso o que aconteceu com Ahmed Ziane, um mecânico desempregado de 50 anos que mora na região de Villeurbanne, perto da cidade de Lyon, na França.
Tudo começou numa bela noite de primavera em 2014. Como
sempre costuma fazer, Ziane estava navegando no site Le Bon Coin, no qual os franceses anunciam os mais variados objetos
para venda. O mecânico tem por hábito comprar produtos nesse tipo de site e também
em feiras de antiguidades, a fim de revendê-los e complementar sua renda.
Naquela noite, uma pintura à venda no Le
Bon Coin chamou sua atenção: uma paisagem não assinada que ele pensou ser
de autoria de Claude-Joseph Vernet, um artista do século XVIII da cidade de
Avignon. Ziane conseguiu comprar a obra por 700 euros e, uma semana depois, a
pintura de 96 cm X 76 cm foi entregue em sua casa. O quadro estava em bom
estado, mas não havia qualquer sinal da assinatura de Vernet. Até que seu filho
de 11 anos chama sua atenção para um detalhe estranho, uma inscrição escondida
atrás do desenho de um arbusto: "1864 A. Renoir".
Ahmed Ziane e a suposta pintura de Renoir que comprou num site de produtos de segunda mão - Imagem: Le Figaro |
Sabe-se que, em sua juventude, Pierre-Auguste Renoir pintou
um quadro denominado Noite de Verão e que ele foi exposto
em 1865. Após essa data, a pintura nunca mais foi vista. Sabia-se de sua
existência, mas ninguém possuía nenhuma informação sobre ela – sequer sobre suas
dimensões, afirmou a Réunion des Musées
Nationaux, entidade que preside os museus na França. A tela estava ausente
até do catálogo raisonné das 4.654
obras de Renoir organizado pela galeria de arte Beinheim-Jeune e estava classificada
entre as obras de arte perdidas pelo Institut
National d’Histoire de l’Art (INHA). Teria sido finalmente encontrada?
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