domingo, 2 de agosto de 2015

Bossa restaurante. Comece pelas medalhas de tapioca e continue como Deus quiser.

Se há algo do qual a gente não pode reclamar em São Paulo é sua oferta gastronômica – apesar dos preços um tanto salgados, com o perdão do trocadilho. O fato é que, mesmo com essa crise "braba" que assola o país de Norte a Sul, restaurantes continuam pipocando em Sampa e de vez em quando gosto de experimentar um novo.

Hoje, por exemplo, compartilhei um almoço no Bossa, misto de restaurante, bar e estúdio de som – sim, estúdio de som! – inaugurado em fevereiro pelas mãos do empresário e DJ (está explicado!) Renato Ratier, dono da boate D-Edge, uma casa que, parece-me, é das mais fervidas e longevas da noite paulistana. 

Modernoso, o lugar tem uma fachada de madeira que lembra um contêiner e três andares interligados. OK, contêineres são trambolhos medonhos por natureza, mas essa fachada não chegou a assustar à primeira vista devido à maciça presença de madeira e à impressão agradável que tivemos ao entrar. A propósito, o projeto arquitetônico é assinado por Muti Randolph, o mesmo que desenhou o D-Edge.

A fachada do Bossa - não se assuste! - Foto: Veja São Paulo

Nos ambientes internos, felizmente também predomina a madeira, contribuindo para conferir um clima de aconchego a uma arquitetura com muitos ângulos retos e um pé direito altíssimo que pudemos notar do ponto onde sentamos.

O salão da frente, que recebia mais luz solar, estava lotado. Aliás, naquele espaço achamos as mesas muito próximas umas das outras e, no final das contas, julgamos mais confortável sentar no outro salão, em uma mesa de frente para o bar e a uma boa distância da mesa vizinha. Chegamos pouco antes das 14h e, por sorte, conseguimos pegar a última mesa disponível. Em São Paulo, quando abre um bar ou restaurante novo e as críticas gastronômicas são positivas, não dá outra: os paulistanos logo vão conferir. Ainda mais em um bairro de bom poder aquisitivo como os Jardins.

Lá no fundo, dá para ver o salão ensolarado - Foto: Simone Catto

O ponto onde ficamos, de frente para o bar e com mesas bem mais confortáveis - Foto: Simone Catto

O cardápio, com receitas contemporâneas, foi criado por William Ribeiro, eleito chef revelação na edição especial 'Comer & Beber' da Veja São Paulo, em 2010, quando trabalhava no 'O Pote do Rei'. Dizem que uma única visita não é suficiente para criarmos um conceito acerca de um restaurante, mas posso falar que essa minha primeira experiência com o Bossa foi bem positiva. O atendimento do garçom Fernando foi gentil e os pratos que pedimos estavam muito bons.

Como o dia estava hiper mega ensolarado e fazia um calor de 26 graus em pleno inverno de Sampa, resolvemos compartilhar um vinho branco. Pedimos então o Cruz Alta, um sauvignon blanc safra 2014 produzido em Mendoza, na Argentina. Aromático e bem refrescante, o vinho foi servido na temperatura certa e valorizou maravilhosamente nossa refeição.

Foto: Simone Catto

Para começar, pedimos a porção de Medalhas de tapioca com mel de tabasco, deliciosa e bem servida. As tapiocas chegaram à mesa com uma textura e consistência incríveis. Uma iguaria para se comer de joelhos!

Medalhas de tapioca com mel de tabasco (R$ 24): um desbunde de boas!!! - Foto: Simone Catto

Eu não queria comer nada pesado nesse dia quente, então escolhi a Salada Tropical, que leva folhas verdes, manga, camarão, trigo e cevada em grãos, gergelim e espetinho de camarão ao vinagrete de maracujá. Os camarões no espetinho estavam bem feitos e a salada fresquinha, supernutritiva e com um tempero gostoso. Delícia!

Minha Salada Tropical (R$ 48) também fez bonito! - Foto: Simone Catto

O outro pedido da mesa foi o spaghettini com lula ao alho e óleo, vinho branco, presunto cru e agrião (R$ 50). Também agradou cem por cento. E para finalizar uma refeição tão agradável em companhia idem, só faltava... o cafezinho!!! E ele chegou saboroso e bem tirado.

O cafezinho deu o toque final de sabor em uma ótima refeição! - Foto: Simone Catto

O restaurante tem um horário de funcionamento bem extenso, mas ouvi falar que, futuramente, a ideia é que funcione 24 horas. Tomara! 

Se você quiser conferir, o BOSSA fica na Al. Lorena, 2.008 - Jardim Paulista. Tel.: 3064-4757 – www.bossarestaurantebarestudio.com.br. Abre de segunda a quarta das 12h às 24h, quinta a sábado das 12h às 3h, e domingo das 12h às 23h. Tem 70 lugares. E para quem confia, há serviço de valet no local (R$ 20).

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