sábado, 20 de setembro de 2014

Bar Balcão. O clássico do calor humano.

Em uma cidade com tantos bares que nascem, crescem, criam clones e morrem na velocidade de um gole, é um alento retornar a locais que já surgem com a vocação para ser clássicos. É o caso do Bar Balcão, instalado há anos em uma esquina da Rua Melo Alves, pertinho da Paulista. Não me pergunte há quanto tempo ele foi inaugurado porque não sei. Só sei que é o tipo de bar onde me sinto acolhida. Um bar que vai muito além dos modismos e que, mais do que sobreviver, tem vivido - e muito bem, obrigada! – com uma clientela fiel, satisfeita, descolada e interessante - pelo menos dentro daquilo que considero interessante, por assim dizer. A casa é frequentada por artistas, músicos, designers, jornalistas, profissionais liberais, o povo de comunicação, uma turma da happy hour – enfim, uma fauna diversificada e mais madura, felizmente com perfil bem diferente daquele que tem superpovoado boa parte da Vila Madalena de uns anos para cá.

A fachada já dá uma ideia do clima de aconchego no interior - Foto: Simone Catto

O Balcão ganhou esse nome porque seu salão é circundado por um enorme, único e sinuoso balcão contínuo, permitindo a aproximação das pessoas. Por isso, não é o tipo de bar aonde você deve ir para discutir a relação ou ter um tête-à-tête ao pé do ouvido. Mesmo assim, lá a gente sente uma grande sensação de "pertencimento" e, se houver clima, pode até acabar engatando um papo com a pessoa ao lado. Não foi meu caso, porque eu estava em ótima companhia, totalmente absorvida na conversa e meu propósito era outro. (rs)

Calor e proximidade: esse é o clima em torno do enorme balcão! - Foto: Simone Catto

A decoração do bar destaca-se por uma enorme pintura do artista norte-americano da pop art Roy Lichtenstein, que domina todo o salão. Nos fundos há também um mezanino, mas o espaço mais agradável é mesmo o do balcão amigo. A iluminação em tons alaranjados contribui para o clima de aconchego.

A tela de Roy Lichtenstein dá um charme pop ao lugar - Foto: Simone Catto

Detalhe bem bolado: caso o cliente saia para fumar, o centro do salão tem várias plaquinhas como esta abaixo para sinalizar que o lugar está ocupado. Assim ninguém corre o risco de perder o lugar ou de que o garçom recolha sua bebida da mesa!

Foto: Simone Catto

O cardápio tem opções etílicas para todos os gostos. Naquele dia tomei uma margarita, mas devo dizer que já provei melhores. Além disso, estranhei o copo, já que a bebida costuma ser servida naquelas taças com haste fina, formato triangular e boca larga.

Minha margarita... - Foto: Simone Catto

A Torta Pecã estava boa! - Foto: Simone Catto
Para comer, fomos de sanduíches. O meu, chamado Balcão Filé e Vegetais, levava filé mignon, cogumelos na manteiga, abobrinha e tomates grelhados, servidos no pão ciabata (R$ 26). Como o lanche tinha um tamanho respeitável, deu para dividir com uma amiga. Nem me atrevo a inserir a foto porque ficou ruim demais! 

Depois deu vontade de comer um doce e optei pela Torta Pecã, isto é, torta de nozes-pecã ao forno com sorvete de creme (R$ 16). Estava gostosa. A foto também não está lá essas coisas, mas seja o que Deus quiser.

Se você mora e/ou trabalha na região ou simplesmente gosta de papear num clima descontraído enquanto toma uma bebida, certamente vai encontrar um porto seguro no Balcão. Estive lá em plena terça-feira e o bar estava cheio, embora não estivesse lotado a ponto de não conseguirmos mesa. Anote aí: o BAR BALCÃO fica na Rua Dr. Melo Alves, 150 – Jardim Paulista – tel.: 3063-6091. Abre todos os dias das 18h à 01h.

Nenhum comentário:

Postar um comentário