
A entrada da casa - Foto: Simone Catto |
A placa à entrada atesta o período em que Renoir habitou o local - Foto: acervo pessoal |
Os fundos da casa dão para o jardim - Foto: Simone Catto |
Na residência, ampla e acolhedora, o artista recebia regularmente os amigos, tais como os marchands Vollard e Durand-Ruel, o colecionador e mecenas Gangnat e o pintor Albert André. Rodin, Bonnard, Matisse e Modigliani também tiveram o prazer de frequentar as Collettes, onde Renoir pintava corpos sensuais e rostos plenos de luz, muitas vezes utilizando seus próprios empregados como modelos. Peles coradas e cheias de vida evocam, em suas pinturas, uma existência simples e saudável. A sensação de calor e aconchego que emana das telas é reforçada pelos tons de vermelho, utilizado pelo artista em pinceladas aqui e acolá.
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Renoir - 'Os Telhados da Velha Nice' (entre 1911 e 1919) |
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O ateliê do artista |
Foi em Cagnes-sur-Mer que Renoir se aventurou pela primeira vez na escultura, com Richard Guino e, posteriormente, Louis Morel. A monumental Vênus Vitrix, o Camponês Páris e o busto de Aline, sua esposa, atestam o soberbo trabalho que realizou com Guino entre 1913 e 1918, dando a impressão de que as esculturas saltaram diretamente de suas telas.
Mesmo acometido por uma dolorosa artrite reumatoide, Renoir continuou pintando, com impaciência e frenesi, até o último dia de sua vida, 3 de dezembro de 1919. Contava, então, com 78 anos. De Cagnes-sur-Mer, deixará paisagens, retratos, nus, esculturas e naturezas mortas.
A pequena casinha dos fundos, chamada pelo artista por 'La Ferme', ou 'A Fazenda' - Foto: Simone Catto |
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Renoir - 'La Ferme des Collettes', 1915 |
Detalhe da "Ferme des Collettes" - Foto: Simone Catto |
Além de objetos pessoais e mobiliário, a casa de Renoir, hoje transformada em museu, abriga 12 telas originais e diversas esculturas. Assim como Monet, o artista também cultivava um jardim, atento à beleza da natureza e inspirado pelas coisas mais simples. Frutas, legumes, rosas cultivadas por sua esposa, buquês de flores e oliveiras ilustram diversas telas pintadas a céu aberto, na mais perfeita tradição impressionista.
Como não era permitido tirar fotos no interior, as imagens internas da casa e do ateliê foram escaneadas dos folhetos distribuídos pelo museu. Se você passar por ali, não deixe de visitar, também, a cidade medieval do Haut-de-Cagnes, com suas ruazinhas tranquilas e casinhas cheias de charme. Vale a pena descobrir os cenários que inspiraram um dos maiores mestres do Impressionismo. À bientôt, cher Renoir!
Conheça outras cidades encantadoras da Provence, em:
-Aix-en-Provence. Arte e cultura direto da fonte.
-Cotignac. Para fazer as pazes com o tempo.
-Moustiers Sainte-Marie. A cidade que nasceu com a estrela.
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Haut-de-Cagnes - Foto: Office de Turisme de Cagnes-sur-Mer |
Detalhe da cidadela medieval de Haut-de-Cagnes - Foto: acervo pessoal |
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Estive ontem nesta casa e revi o que aqui escreve. obrigada.
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